COM FROTA DE VEÍCULOS SUCATEADOS, 'EM 2012 FOI GASTO MAIS COMBUSTÍVEL QUE EM 2013', DIZ PROCURADOR



O procurador do município, professor e advogado Iran de Souza Padilha, participou neste sábado (23/8) do programa "Conversando com o seu prefeito", oportunidade em que fez esclarecimentos a cerca dos gastos praticados pela gestão municipal, uma espécie de prestação de contas da procuradoria do município. 

Ao iniciar a sua participação no programa, Dr. Iran fez questão de dizer que solicitou o espaço para se pronunciar no horário reservado a secretaria municipal de comunicação, para fazer alguns esclarecimentos a respeito das ações da procuradoria municipal, que segundo disse, foram questionadas pelos apresentadores/diretores da rádio comunitária FM Ouro Negro durante a programação da emissora.

Leia também:
Diretor da FM Ouro Negro nega acesso de pessoas da Secretaria de comunicação à rádio

Antes de começar a entrevista, o procurador abriu um parêntese para explicar ao ouvinte como realmente deve funcionar uma rádio comunitária no Brasil, uma vez que ao sintonizar a rádio local, um programa em especial lhe chamou a atenção. "O programa que eu assisti, foi puro proselitismo político (atividade de convencer o indivíduo a uma doutrina, ideia ou sistema), coisa que é terminantemente proibida pela Legislação. As rádios comunitárias não foram criadas para este fim", sentenciou. Clique aqui e ouça um programa que foi pro ar pela rádio comunitária FM Ouro Negro, exemplo de proselitismo político.

Durante a entrevista, Padilha orientou aos que fazem a redação e apresentam noticiários na rádio comunitária para que tomem o devido cuidado na hora de passar a informação correta e de forma imparcial aos ouvintes. "Precisa conhecer a verdade para não informar os ouvintes de maneira errônea", comentou o procurador sobre notícias relacionadas a gestão municipal veiculada pela emissora.

Com relação aos gastos com combustíveis, contestados de forma irônica pelos apresentadores da rádio comunitária, Padilha explicou que a compra do mesmo é feita por meio de licitação com o parecer da procuradoria, e na condição de procurador, achou por bem explicar a população a realidade dos fatos.

Ainda de acordo com o procurador, embora tenha encontrado muita dificuldade para localizar a documentação da gestão passada, pois a mesma não realizou o processo de transição de governo, conseguiu analisar os documentos que serviu como base para elaboração do novo orçamento em 2013 e constatou que houve gastos fracionados por meio de aditivos, totalizando quase 953 mil litros de combustível.

Já em 2013, a atual gestão adquiriu 930 mil litros de combustível, sem a necessidade de aditivos, e com uma frota de veículos bem maior que no ano anterior. "E vale lembrar um detalhe, em 2012 a frota que recebemos, e eu fui na secretaria de obras, estava mais da metade, totalmente sucateadas. Os transportes estavam faltando pneus, faltando motor e caixa de marcha, faltando tudo, então, não tinha nem veículo e foi gasto em 2012 mais combustível que 2013", relatou.