FEDERAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO NORTE (FEMURN) DIZ QUE: PREFEITURAS ESTÃO QUEBRADAS
Segundo o
documento, 28 prefeituras potiguares estão com os salários dos servidores
públicos atrasados; 71 prefeitos alegam falta de recursos para cumprir a lei do
piso nacional do magistério; 93 prefeituras não conseguem pagar em dia os seus
fornecedores; 74 gestores municipais admitem que faltam medicamentos e
materiais básicos nas unidades de saúde.
Outros números são
negativos como falta de recursos para manter o transporte escolar, a merenda
escolar e até o simples fornecimento de energia elétrica. Muitas prefeituras,
inclusive, funcionam só um expediente para contenção de despesas. A realidade é
dura e reflete a crise que afeta o País.
As prefeituras de
outros estados e regiões vivem as mesmas dificuldades. O problema é ainda maior
nos municípios que dependem exclusivamente de repasses federais, notadamente aqueles
de menor coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Diante do quadro de
penúria, que é fato, espera-se o uso correto do dinheiro público. No entanto,
com raríssimas exceções, observa-se o gasto dos recursos de forma
desnecessária.
No Rio Grande do
Norte, dezenas de pequenas prefeituras promoveram o carnaval em 2016, pagando
atrações e estruturas com dinheiro que deveria amenizar a situação de áreas
vitais como saúde e social.
Os (maus) exemplos
foram verificados em todas as regiões do Estado, inclusive, em cidadezinhas
onde os prefeitos costumam reclamar da crise. Mossoró, que não se encaixa no
perfil de cidade pobre, a crise se estabeleceu com força, sem encontrar
resistência da gestão municipal.
O prefeito Silveira
Júnior (PSD) chegou a esboçar alguma reação, como o cancelamento do carnaval
para usar o dinheiro na compra de equipamentos para saúde, mas sem resultado
concreto. Sequer comprou os aparelhos de raios-X prometidos, nem economizou
outros gastos desnecessários.
Pelo contrário, o
Mossoró Cidade Junina deste ano vai sair mais caro do que a edição de 2015 em
mais de R$ 1 milhão.
A propaganda de
fazer “o maior evento da história”, como propaga o Palácio da Resistência, não
se sustenta na realidade da cidade, que está cheia de problemas na saúde, na
educação, no sistema de limpeza pública e no transporte coletivo, sem obras,
sem projetos e devendo a Deus e o mundo.
É o contraste da
crise reclamada pelos gestores públicos e sentida pela população. É o flagrante
da falta de responsabilidade com a coisa pública.
Césarsantos