NEYMAR SE VÊ ‘BEM MAIS PREPARADO’ PARA GANHAR UMA COPA DO QUE EM 2014
Enfim, está chegando o momento em que Neymar esperou desde
2014. Desde que se recuperou do susto de quase perder os movimentos das pernas
ao sair da Copa do Mundo quatro anos atrás atingido pelo colombiano Zúñiga, o
craque sonha com o torneio na Rússia, que encara como a segunda e mais
importante chance de entrar para a história do futebol como campeão do mundo.
Em uma semana, contra a Suíça, vai dar o primeiro dos sete passos que podem
levá-lo, aos 26 anos, a ganhar com a seleção brasileira um dos poucos títulos
de peso que faltam à sua coleção.
Hoje, em Viena, contra a Áustria, Neymar fará seu segundo
jogo seguido após três meses parado. Espera desta vez que nem ele nem o Brasil
revivam a frustração de quatro anos atrás. “Estou mais experiente, mais vivido.
Sabendo o que é uma Copa, vou me preparar melhor do que em 2014”, comenta.
Daquele 4 de julho de 2014 até hoje, Neymar esteve sempre em
evidência. Pelo que fez de bom e de ruim em campo e pelas confusões em que se
meteu, ou se viu metido, fora dele. Bem ou mal, vem superando os obstáculos,
mas, por mais otimismo que tenha com Tite, não vai chegar à Rússia da maneira
que queria: na plenitude de sua forma física, técnica e emocional.
Tudo por causa da contusão grave sofrida no PSG em 25 de
fevereiro, no pé direito, que o deixou com medo e receio de não jogar a Copa.
Menos mal que deu tempo. Foram dias e noites de fisioterapia, boa dose de
“sofrimento” nos três meses em que ficou de molho e algumas decisões a
contragosto do PSG. “O que me fez esquecer um pouco a lesão foi a família e os
amigos. Eu me dediquei para chegar bem ao Mundial”, diz.
O craque foi operado em Belo Horizonte, passou a maior parte
do período de recuperação em sua casa de Mangaratiba (RJ) em companhia do
inseparável fisioterapeuta Rafael Martini, o Rafa, e amenizou o sofrimento
recebendo visitas dos amigos, dirigentes e, claro, da namorada Bruna
Marquezine. Também jogou pôquer, foi a festas e em programas de TV. Vida social
intensa para quem não podia colocar o pé no chão. Mas Neymar é assim mesmo.
Estadão Conteúdo