TOCANTINS TERÁ 2º TURNO ENTRE CARLESSE E VICENTINHO PARA MANDATO TAMPÃO DE GOVERNADOR
Mauro Carlesse (PHS) e Vicentinho Alves (PR) foram os mais
votados neste domingo e disputarão no próximo dia 24 o segundo turno das
eleições suplementares para governador do Tocantins. O vencedor terá mandato
apenas até 31 de dezembro, uma vez que em outubro serão realizadas as eleições
dentro do calendário regular. O pleito ocorre devido à cassação de Marcelo Miranda (MDB) pela Justiça Eleitoral por
uso de caixa dois em 2014.
Mauro Carlesse (PHS) é o governador interino do estado. Ele
era presidente da Assembleia Legislativa e assumiu o estado após a cassação de
Miranda. Carlesse responde a dezenas de processos na justiça e chegou a ser
preso em 2015 por falta de pagamento de pensão à ex-mulher. Na ocasião, ficou
detido na própria Assembleia. Ele sustenta que os processos são relativos a sua
atuação como empreendedor e não como político. Em relação à ex-mulher, foi
feito um acordo sigiloso que encerrou a disputa.
Vicentinho Alves (PR) é senador desde 2011. Deve sua chegada
ao Senado a Marcelo Miranda. Vicentinho foi apenas o terceiro na eleição, mas
conseguiu a vaga porque Miranda teve a candidatura barrada. Ele já foi prefeito
de Porto Nacional, no interior, deputado estadual e deputado federal.
Carlesse liderou a apuração do início ao fim, mas a disputa
pela segunda vaga foi acirrada. Ex-prefeito de Palmas, o colombiano Carlos
Amastha (PSB) apareceu em segundo lugar no começo da apuração, mas com 47% das
urnas abertas Vicentinho o ultrapassou. Com 92% da apuração, Amastha pulou
novamente para segundo. Com 96% das urnas abertas, Vicentinho ultrapassou o
candidato do PSB e se garantiu na próxima fase da disputa.
Ao fim, Carlesse teve 30,31% dos votos válidos; Vicentinho
ficou com 22,22% e Amastha, com 21,41%.
A senadora Kátia Abreu (PDT) ficou apenas na quarta posição.
Também disputaram o pleito Márlon Reis (Rede), Mario Lúcio (PSOL) e Marcos da
Cerâmica Miranorte (PRTB).
A eleição teve um alto índice de abstenção, superior a 30%.
Em Tocantins, todos os eleitores foram recadastrados e 100% das urnas operam
com o sistema biométrico, o que significa que o número de abstenção reflete
efetivamente os que resolveram não participar do pleito. Houve também alto
número de votos brancos e nulos.