BRASIL PEGA O MÉXICO PARA PROVAR QUE AINDA É UMA POTÊNCIA DO FUTEBOL MUNDIAL
A seleção brasileira passou pela primeira fase da Copa do
Mundo com folga, apesar do susto inicial, mas tem nesta segunda-feira uma
espécie de “hora da verdade”. Enfrenta o México pelas oitavas de final da
disputa na Rússia, na Arena Samara, e precisa assumir sua condição de grande do
futebol do planeta. Alemanha, Argentina e Espanha já fracassaram nessa
tentativa. Portugal também se despediu. Itália nem veio ao Mundial. Diante de rival
teoricamente inferior, cabe ao Brasil mostrar por que já ganhou cinco títulos e
é o maior vencedor.
A partida que começa às 11 horas (de Brasília) é
eliminatória e, por isso, empate no tempo normal força a prorrogação de mais 30
minutos. Se necessário, haverá disputa por pênaltis para definir quem se
classifica. Espanha e Rússia passaram por isso no domingo, assim como Croácia e
Dinamarca – pelas oitavas.
Para Tite, a melhor maneira de a seleção confirmar o
protagonismo, e o consequente favoritismo, é continuar no processo de evolução
que vem ocorrendo de um jogo para outro. “Minha expectativa é que a equipe
repita o padrão do último jogo, daí para mais. Na partida anterior (contra a
Sérvia), todos os atletas tiveram excelente desempenho. Isso fortalece, diz.
“Temos de reproduzir – no aspecto técnico, tático, físico e emocional – o
padrão do jogo anterior, porque é decisivo.”
Ele optou por escalar Filipe Luis na lateral-esquerda, pois
Marcelo, apesar de recuperado do espasmo muscular que o tirou de campo aos 8
minutos da partida com os sérvios, poderia sentir o ritmo do jogo. Fagner
ganhou posição na lateral-direita (Danilo ficará no banco). Tite também decidiu
manter Willian e Gabriel Jesus no time.
Com isso, a seleção terá praticamente a formação que iniciou
o duelo em que garantiu a classificação para as oitavas – 2 a 0 contra os
sérvios. A manutenção é fundamental para a continuidade do processo de evolução
que Tite tanto prega.
O México é considerado um adversário perigoso. Também por
isso, nem Tite nem seus pares de comissão quiseram dar detalhes sobre a
estratégia para superar a equipe de Juan Carlos Osorio. “Nesses aspectos
táticos, vamos segurar um pouco as informações. Sei da qualidade do trabalho da
seleção mexicana. Não vou trazer minuciosamente situações específicas.”
O Brasil tem planos de jogo. “A gente já tem o plano A e o
plano B para esse jogo, e esperamos passar. O nosso objetivo é jogar bem”,
acrescentou Thiago Silva, que nesta segunda será o capitão brasileiro pela
segunda vez nesta Copa – ele também vestiu a braçadeira contra a Costa Rica.
ESTADÃO CONTEÚDO