EM SIGILO, SILVIO SANTOS NEGOCIA E TENTA LEVAR EQUIPE DO PÂNICO PARA O SBT
Nas últimos dias, Silvio Santos, dono do SBT, e Emílio
Surita, co-proprietário da franquia “Pânico”, vêm mantendo conversas
reservadas.
O dono do SBT já se mostrou interessado em ter a trupe que
hoje está apenas no rádio (Jovem Pan FM), mas que já passou pela RedeTV e pela
Band.
A coluna apurou que Silvio já tem até uma faixa horária na
cabeça, segundo ele ideal para a atração, conhecida por seu humor politicamente
incorreto: por volta das 23h aos sábados.
Um empecilho, no entanto, está dificultando qualquer acordo
definitivo:o dono do SBT não abre mão de que o contrato seja no modelo de
“sociedade” --o mesmo que funciona hoje para Ratinho e outros artistas da
emissora.
Por esse modelo, a TV e a produção do programa dividem todos
os lucros com comerciais e merchandisings, mas também todos os custos de
produção.
Isso é o que não agrada ao Pânico, que trabalha com uma
produção muito grande e, na visão do empresário Emílio, precisa de uma verba
semanal razoável --paga pela emissora-- para .bancar quadros e externas.
Emílio e Tutinha (dono da Jovem Pan e também da marca
Pânico) também não querem abrir mão de algo que lhes foi muito caro em outras
emissoras.
Tanto na RedeTV como na Band, eles recebiam mensalmente uma
espécie de “direitos autorais” como proprietários da marca.
O SBT paga esse tipo de direito a empresas donas de vários
formatos de programas que são exibidos no SBT, como o “Bake Off Brasil” e o
“Fábrica de Casamentos”, entre outros.
São formatos adquiridos de terceiros. Com o Pânico,
obviamente, teria de ser assim também.
Colocando o Pânico no sábado no quase no início da
madrugada, o humorístico teria sua própria trilha isolada e sem concorrentes
--em vez de concorrer aos domingos com o já estabilizado “Encrenca”, da RedeTV
Não é a primeira vez que Pânico e Silvio Santos negociam.
Cerca de oito anos atrás eles quase fecharam um contrato.