NEGATIVAS PARA VICE MOSTRAM ISOLAMENTO DE BOLSONARO



As duas negativas que Jair Bolsonaro recebeu para arrumar um vice na chapa presidencial mostram o isolamento político do deputado federal do PSL do Rio. O senador Magno Malta (PR) e o general da reserva Augusto Heleno (PRP) recusaram a posição de vice.
Bolsonaro nunca foi um bom articulador político na Câmara. Sempre foi um outsider, uma figura folclórica e isolada. Ele cresceu devido à crise do PSDB, que abriu espaço para alguém capitanear a extrema-direita do eleitorado.
Os tropeços de Bolsonaro mostram que, mesmo em boa posição nas pesquisas, o deputado federal tem dificuldade para atrair apoio relevante a fim de aumentar o seu tempo na propaganda eleitoral na TV e no rádio. O partido dele terá direito a apenas sete segundos na campanha no rádio e na TV.
Nesse contexto, cresceu a especulação sobre a possibilidade de o candidato do PSL ter a companhia da advogada Janaína Paschoal, uma das signatárias do pedido de impeachment que resultou na queda de Dilma. A intenção de votos em Bolsonaro é menor entre as mulheres do que entre os homens. Janaína se filiou ao PSL.
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Vice cobiçado
O empresário Josué Gomes (PR) é um vice cobiçado. Filho de José Alencar, que foi vice de Lula e fez dobradinha de ouro com o petista, sem conflitos entre companheiros de chapa, Josué teria peso simbólico para atrair simpatia empresarial. Ciro Gomes (PDT) e o PT fazem acenos para o empresário.
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Divididos
No chamado Blocão, que reúne parcela dos partidos do Centrão, há divisão. O DEM é o mais importante dos quatro partidos. O caminho que o DEM seguir pode ter mais influência nos rumos de PP, PRB e Solidariedade na corrida presidencial. O blocão tem negociado com Ciro e Geraldo Alckmin (PSDB).