CIRO DIZ QUE ESTA SERÁ SUA ÚLTIMA DISPUTA À PRESIDÊNCIA: "JÁ CANSEI"
Candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes afirmou nesta
quarta-feira (8) que esta será a última vez em que participa da disputa ao
Planalto.
"Eu paro por aqui. Porque já cansei. Já lutei. Estou
entusiasmadíssimo, mas é a última vez que eu vou disputar", disse.
Ciro afirmou, ainda, que ao longo da corrida eleitoral irá
dar "tudo o que puder" para "ajudar o país a encontrar o
caminho".
A declaração do candidato foi dada durante o evento "Eleições
e Perspectivas: Brasil 2018", realizado pelo BTG Pactual em São
Paulo. Também estiveram presentes os candidatos Geraldo Alckmin
(PSDB), Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB). Amanhã, os
convidados serão João Amoêdo (NOVO) e Fernando Haddad (PT), vice na chapa
encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Esta é a terceira vez em que Ciro concorre à Presidência. Em
1998, quando Fernando Henrique Cardoso (MDB) foi eleito no primeiro turno, Ciro
foi candidato pelo PPS e recebeu 10,97% dos votos válidos. Em 2002, quando Lula
venceu José Serra (PSDB) no segundo turno, Ciro também foi candidato pelo PPS e
teve 11,97% dos votos válidos.
No evento, Ciro afirmou ainda que, se eleito, irá atuar
"dentro do marco da Constituição, da democracia, da racionalidade
econômica" para "devolver o país a uma condição mínima de confiança
no futuro". "Isso é o que nós temos que debater nesse momento",
disse.
Sem apoio do centrão
O candidato do PDT também negou que estivesse buscando
formar alianças com o centrão, bloco formado por PP, PR, PRB, DEM e
Solidariedade, ao dialogar com os partidos.
"Não era nada de que eles viriam comigo. Não há a menor
chance de eles virem comigo eleitoralmente, [o que] eles fizeram foi agravar o
preço deles para o Alckmin", disse, referindo-se ao fato de o bloco fechar
com o candidato tucano.
Segundo Ciro, sua conversa com os partidos aconteceu em
defesa de suas propostas para a área econômica.
"Estava conversando com eles sobre a gente encaminhar
parte dessas providências agora, entre a eleição e a posse, para que a gente
reverta expectativas e antecipe os efeitos disso", afirmou.