MORO DEFENDE APURAÇÃO SOBRE CASO ENVOLVENDO EX-ASSESSOR DO FILHO DE BOLSONARO
O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, defendeu nesta
segunda-feira (10) uma apuração sobre as movimentações bancárias de um
ex-assessor de Flávio Bolsonaro consideradas suspeitas pelo Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Flávio é filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e
elegeu-se senador neste ano. Segundo o Coaf, um dos seus ex-assessores,
Fabrício José de Carlos Queiroz, movimentou mais de R$ 1,23 milhão, entre 1º de
janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017.
Ainda de acordo com o Coaf, Queiroz depositou R$ 24 mil na
conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Na semana passada, ao ser questionado sobre o tema ao final
de uma entrevista, Moro se retirou sem comentar o relatório do Coaf. Nesta
segunda, porém, falou rapidamente sobre o caso.
De acordo com o futuro ministro da Justiça, o presidente
eleito “já apresentou os esclarecimentos” sobre os fatos e, se o caso não for
esclarecido, deve ser investigado.
“Os fatos têm que ser esclarecidos, o presidente já
apresentou os esclarecimentos, têm outras pessoas que precisam prestar os seus
esclarecimentos, e os fatos, se não forem esclarecidos, têm que ser apurados.
Eu não tenho como ficar assumindo esse papel”, afirmou o futuro ministro.