O IMPACTO DA ‘FACA NO SISTEMA S’ NO SEBRAE-RN


O superintendente do Sebrae no Rio Grande do Norte, Zeca Melo, afirmou em entrevista ao Blog do Dina que não acredita no que chamou de ‘linearidade de corte’ anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em fala a empresários na Federação das Indústrias do RJ, Guedes afirmou que ‘tem que meter a faca no Sistema S‘.

Nesta terça-feira, na Folha de S.Paulo, o superintendente do Sebrae de SP estima que o impacto seria de 300 mil atendimentos só naquele estado.

No Rio Grande do Norte, 37 mil empresas foram atendidas no ano passado. Quando se consideram todas as formas de atendimento, esse número passa para 140 mil, mas é sobre a primeira estatística que preocupam as declarações de Guedes.

“Não quero acredita que esse corte seja linear porque se o discurso do governo é em cima de apoiar o empreendedorismo, como ele vai cortar recursos da entidade que apoia o empreendedorismo?”, questiona o superintendente do Sebrae no RN.

Nos últimos quatro anos, as projeções da Sebrae indicam que foram as micro e pequenas empresas que responderam pela geração de emprego no Estado.

“Temos escritórios no interior do Estado que não nos dão lucro e que não se mantém, mas esse não deve ser nosso critério para ter base de atendimento, porque se assim o fosse só deveríamos ter escritório em Natal, Caicó e Mossoró”, explicou Melo.

Para ele, as declarações do Superintendente do Sebrae de SP se baseiam nos números que ele tem. “Acredito que ele pegou o número de atendimentos e aplicou um corte de 30% e não vamos simplificar a questão a esse ponto”, afirmou.

Ele ainda destacou que a entidade tem participado de discussões importantes para o empreendedorismo no Estado e na capital, como a aprovação da lei das queijeiras e a nova regulamentação de licenças do Corpo de Bombeiros.

Para 2019, o Sebrae espera, com orçamento de 2014 ainda, atender 34.500 empresas. No ano passado, a meta foi de 34 mil, mas 37 mil chegaram a ser atendidas.