ROGÉRIO DIZ QUE PROPOSTA DA PREVIDÊNCIA DEVE SER ANUNCIADA ENTRE OS DIAS 19 E 21
O secretário especial de Previdência e Trabalho, do
Ministério da Economia, Rogério Marinho, apresentou nesta sexta-feira, 8, ao
ministro da Justiça, Sérgio Moro, a proposta da equipe econômica sobre as
aposentadorias especiais dos policiais. Segundo ele, os dois ministérios e a
Casa Civil trabalham juntos por uma estratégia para que o pacote anticrime e a
reforma da Previdência possam tramitar ao mesmo tempo no Congresso.
“Estamos conversando com vários ministros sobre a
finalização do texto da reforma e apresentei a Moro a proposta para as
aposentadorias dos policiais, que são de responsabilidade do Ministério da
Justiça”, afirmou Marinho. “Moro já conhece o teor da medida, mas a proposta só
deve ser anunciada entre os dias 19 e 21 deste mês”, acrescentou ao ser
perguntado sobre detalhes do texto.
Segundo Marinho, a conversa com Moro também serviu para
apresentar as primeiras medidas já tomadas em relação à medida provisória de
combate à fraude em benefícios previdenciários e assistenciais. Perguntado
pelos jornalistas se o trâmite da reforma da Previdência no Congresso não pode
ser atrapalhado pelas discussões do pacote anticrime apresentado por Moro,
Marinho avaliou que a Casa Civil deverá estabelecer a estratégia mais adequada
para que ambas as matérias sejam votadas.
O secretário disse ainda que as negociações com os militares
para o envio de um projeto de lei sobre suas aposentadorias, em paralelo à
reforma da previdência, têm avançado muito. “O presidente Jair Bolsonaro já
tomou a decisão, desde o início do seu governo, de que os militares também
estarão no processo de reforma”, acrescentou.
Questionado se o governo já colocou no papel ao menos parte
das medidas em estudo para o aprofundamento da reforma trabalhista, como a
criação de uma carteira verde e amarela, com menos direitos, o secretário não
respondeu. “O ministro Paulo Guedes falou disso ontem”, limitou-se a dizer.
Na quinta-feira, 7, Guedes voltou a atacar a atual
legislação trabalhista, classificando-a como fascista, e negou que o governo
pretenda mexer em direitos constitucionais como férias e 13.º salário. Ele
confirmou, no entanto, estudos para a criação de um novo regime que, segundo
ele, terá menos direitos, mas mais empregabilidade.