EM ISRAEL, BOLSONARO PUBLICA FOTO COM ARMA E CRITICA LEIS DE DESARMAMENTO
Em viagem oficial a Israel, o presidente Jair Bolsonaro publicou
nesta segunda-feira (1º) em uma rede social uma fotografia na qual está
empunhando uma arma de fogo. No post, ele defendeu a "liberdade" de
os cidadãos se armarem e criticou leis de desarmamento.
Capitão reformado do Exército, o presidente afirmou na
internet que "o que torna uma arma nociva depende 100% das intenções de
quem a possui".
Desde que era deputado federal, Bolsonaro é um crítico do
Estatuto do Desarmamento, que, segundo ele, impõe regras muito rígidas para a
posse de arma. Durante sua carreira parlamentar, ele defendeu reformular a
legislação a fim de facilitar o uso de armas pelos cidadãos.
"Defendo a liberdade, com critérios, para cidadãos que
querem se proteger e proteger suas famílias. Leis de desarmamento só funcionam
contra aqueles que respeitam as leis; quem quer cometer crimes já não se
preocupa com isso", escreveu Bolsonaro na rede social.
O G1 questionou à assessoria da Presidência se a
imagem em que Bolsonaro está fazendo mira com uma arma foi feita nesta
segunda-feira em Israel, mas a Secretaria de Comunicação disse que o Palácio do
Planalto "não comenta".
A roupa que o presidente está usando na fotografia em que
está empunhando o armamento, terno azul escuro, camisa branca e gravata azul, é
a mesma que ele vestiu nas agendas públicas desta segunda-feira em Jerusalém.
Bolsonaro desembarcou neste domingo em Israel para uma visita de quatro dias ao
país do Oriente Médio.
Nesta segunda-feira, o presidente condecorou
militares israelensesque atuaram na operação de resgate das vítimas da
tragédia de Brumadinho e visitou, na companhia do premiê israelense Benjamin
Netanyahu o Muro das Lamentações, local sagrado para os judeus que é um ponto
de peregrinação em Jerusalém.
Posse de armas
Em janeiro, 15 dias após tomar posse na Presidência da
República, Jair Bolsonaro assinou
um decreto que flexibilizou a posse de armas de fogo. A medida era uma
das promessas de campanha do presidente.
O direito à posse é a autorização para manter uma arma de
fogo em casa ou no local de trabalho (desde que o dono da arma seja o
responsável legal pelo estabelecimento). Para andar com a arma na rua, é
preciso ter direito ao porte, cujas
regras são mais rigorosas e não foram tratadas no decreto.
O texto do decreto permite aos cidadãos residentes em área
urbana ou rural manter arma de fogo em casa, desde que cumpridos os requisitos
de "efetiva necessidade", a serem examinados pela Polícia Federal.
Em dezembro, antes de assumir o comando do Palácio do
Planalto, Bolsonaro escreveu em uma rede social que pretendia garantir por meio
de decreto a
posse de armas de fogo a cidadãos sem antecedentes criminais.
G1