RINHA DE GALOS “PROFISSIONAL” NO RN É DESCOBERTA PELA POLÍCIA. VEJA

Os policiais da Companhia Ambiental que atuam na região de Tangará, a 92 quilômetros de Natal, foram acionados esta semana para averiguar uma denúncia de rinha de galo nas imediações da cidade. E se surpreenderam com o que encontraram, nas proximidades da barragem do Trairi: o local era um ginásio profissional destinado às lutas usando os animais.

De acordo com a descrição feita pelos policiais, o local era coberto e possuía compartimentos – como que apartamentos – para acomodar os galos. Cada um desses apartamentos tinha capacidade para receber até 8 galos. Havia ainda três arenas montadas, com as devidas arquibancadas.

Para entrar, cada pessoa precisava pagar R$ 20. E os vencedores tinham direito a premiação: uma moto 125 cilindradas (cc) para o primeiro lugar; uma 50 cc para o segundo; e R$ 2 mil para o terceiro. Essa premiação, de acordo com o cartaz encontrado na rinha, referia-se ao campeonato, batizado de “Circuito dos generais”, com programação de junho de 2019 a janeiro de 2020.

Havia ainda todos os utensílios necessários para apoio aos “lutadores”: remédios de várias origens para o animal, biqueiras, esporões, camisas novas e usadas. Como não poderia deixar de ser – depois de tanto investimento – o “octógono” destinado à luta dos galináceos tinha nome também: Breno Arena Trairi. Ele não estava no local no momento da prisão. Em seu lugar foi presa em flagrante uma mulher identificada como Laudiceia Barbosa, que se identificou como “segunda pessoa no comando” da rinha de galos “profissional”.

No momento da prisão, um homem não identificado fez uma defesa da situação. Alegou que ali não havia “nenhum vagabundo”; e que o evento tinha objetivo de obter fundos para construção de uma sede desportiva para os amantes do “galismo”. Ouça abaixo o áudio:

Não há informação exata de há quanto tempo o local estava funcionando. A suspeita é que há pelo menos um ano o lugar a “arena Trairi” esteja aberta ao público. Todos os materiais apreendidos serão remetidos à Justiça. Segundo a polícia, apesar da rinha de galo ser encarada por muitos como uma tradição, a prática é crime de maus-tratos.

Todos os envolvido neste caso serão ouvidos e poderão responder judicialmente

Os envolvidos neste caso poderão responder por isso e acabar sendo punidas com detenção de três meses a um ano. Além disso, as pessoas também poderá ser multadas, que terá valor aumentado caso seja comprovada a morte de algum animal. No caso, todas as 80 pessoas encontrada na “arena” serão ouvidas pela polícia.

Os galos ficaram com os proprietários, como fiéis depositários. Isso significa que eles não podem sacrificar, vender nem doar os animais. E todos eles deverão ser ouvidos e responder pelo crime de maus tratos. Os galos de rinha, devido aos hormônios que recebem, não podem ser consumidos. As aves também não podem ser enviadas ao Ibama, que só cuida de animais silvestres.