EIKE BATISTA É PRESO PELA POLÍCIA FEDERAL EM MAIS UMA FASE DA LAVA-JATO

O empresário Eike Batista foi preso por agentes da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira, em mais uma fase da Operação Lava-Jatoque acontece no Rio. A prisão foi determinada pelo juiz Marcelo Bretas , a partir de um pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF). Os policiais ainda seguem na casa do empresário, que mora em uma luxuosa mansão no Jardim Botânico, zona sul do Rio, onde cumpre prisão domiciliar.

A ação, denominada "Segredo de Midas", tem como objetivo a busca de provas relativas à manipulação do mercado de capitais e à lavagem de dinheiro. O nome faz alusão à mitologia grega na qual o rei Midas transformava em ouro tudo o que tocava.

No total, a PF cumpre quatro mandados de busca e dois de prisão, sendo a de Eike temporária, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Outro alvo de prisão é o contador de Eike, Luiz Arthur Andrade Correia, conhecido como Zartha. As primeiras informações dos investigadores dão conta de que ele está no exterior.

Além da prisão de Eike, os policiais visam a cumprir mandados de busca e apreensão de documentos nas residências dos dois filhos mais velhos de Eike, Thor e Olin. A prisão do empresário ocorre após a recém-homologada delação premiada do banqueiro Eduardo Plass.

Eike já havia sido preso em janeiro de 2017. Na ocasião, a acusação era de de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Quatro meses depois, Gilmar Mendes o libertou. O empresário — que já foi o homem mais rico do Brasil — foi condenado a 30 anos de prisão, mas continuava solto.

Além da condenação, o empresário recebeu uma multa de R$ 53 milhõesaplicada por Bretas. A decisão veio em um processo sobre Eike que investigava denúncias de corrupção ativa dentro do esquema do ex-governador Sérgio Cabral , que também foi condenado na sentença a mais 22 anos e oito meses de cárcere por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Ex-bilionário, Eike foi acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões para Cabral no exterior. Além disso, o braço-direito do empresário e ex-vice-presidente do Flamengo, Flavio Godinho, também foi condenado a 22 anos de prisão.