BOLSONARO FALA SOBRE VACINAÇÃO NA ONU APÓS VEXAME EM NY POR NÃO SE VACINAR


Um novo vexame internacional de Jair Bolsonaro (Sem partido) tem hora marcada. Às 10h (horário de Brasília) desta terça-feira (21), o presidente brasileiro abre a 76ª assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) após ser tratado como
pária desde que chegou a Nova York, no domingo (19).

Um dos principais focos de Bolsonaro em seu discurso será a defesa da sua gestão frente à pandemia, que vem sendo criticada duramente nos bastidores das Nações Unidas e virou alvo de chacota em todo o mundo.

Passando vexame ao comer na rua e em espaços abertos improvisados para driblar o decreto do prefeito democrata Bill de Blasio, que impede que pessoas que não estejam vacinadas consumam no ambiente interno de bares e lanchonetes, Bolsonaro deve fazer uma defesa enfática do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19, mesmo com vacinas em falta no Brasil.

Embora integrantes não alinhados no Itamaraty esperem um discurso mais ameno, para aliviar as tensões nas negociações diplomáticas, Bolsonaro deve manter o tom com certo negacionismo para alimentar a base eleitoral no Brasil – especialmente após as críticas pelo recuo no 7 de Setembro.

Além de enfatizar a “democracia” no Brasil, o presidente deve fazer mais uma vez a defesa de sua política predatória no meio ambiente, que coleciona recordes de desmatamento na Amazônia e é um dos principais temas de desgate nas relações com outros países, especialmente da Europa.

Nesse tema, Bolsonaro ainda vai focar a política indigenista, que vem sofrendo várias críticas internacionais especialmente por causa da defesa que o governo faz da ilusória tese do marco temporal.