CNBB PEDE AÇÃO CONTRA DEPUTADO QUE CHAMOU ARCEBISPO E PAPA DE “VAGABUNDOS”


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) cobrou da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) “medidas internas eficazes, legais e regimentais” contra o deputado estadual Frederico D’Avila (PSL-SP). Durante sessão na 5ª feira (14.out), D’Avila chamou o arcebispo Dom Orlando Brandes, a CNBB e o papa Francisco de “vagabundos”, “safados”“canalhas” e “pedófilos”.

No texto, a CNBB cita “o ódio descontrolado do parlamentar” e diz que espera ações para que o “ultrajante desrespeito seja reparado em proporção à sua gravidade”. Eis a íntegra da carta (166 KB).

O deputado citou o discurso do arcebispo durante a missa de 3ª feira (12.out) em Aparecida (SP), quando Brandes declarou que “pátria amada não pode ser pátria armada”. A frase foi dita antes de uma visita de Bolsonaro ao local. D’Avila acusou o arcebispo de estar mandando “recadinho” ao presidente.

Na carta, a CNBB também disse que “tratará esse assunto grave nos parâmetros judiciais cabíveis”. A entidade afirmou que “as ofensas e acusações proferidas pelo parlamentar -protagonista desse lastimável espetáculo- serão objeto de sua interpelação para que sejam esclarecidas e provadas nas instâncias que salvaguardam a verdade e o bem”.

Pesquisa realizada pelo PoderData de 11 a 13 de outubro de 2021 mostrou que Bolsonaro é considerado “ruim” ou “péssimo” por 57% dos católicos, ante 67% em agosto. Mesmo com o refresco, a taxa é maior do que a observada na população geral (de 53%). A base de apoio (“ótimo” + “bom”) entre católicos, no entanto, teve uma oscilação positiva de 5 pontos, ficando em 26% ante 21% há 2 meses e meio.

Poder 360