BAIXARIA DE KELPS NA CPI TERMINOU EM DERROTA ELEITORAL


O deputado estadual Kelps Lima (SD) ao deixar as urnas em 2020 com uma votação pífia para prefeito do Natal sabia que para 2022 tinha uma missão ingrata pela frente: recuperar o capital eleitoral em declínio para alçar voo da Assembleia Legislativa para a Câmara dos Deputados.

Para isso, o deputado do celular na mão, escolheu o atalho do oportunismo. Assim ele passou a apostar tudo no antipetismo raso e no combate custe o que custar contra a governadora Fátima Bezerra (PT).

O maior símbolo da queda vertiginosa do status político de Kelps foi a forma oportunista com que ele tratou a compra malsucedida dos respiradores pelo Consórcio Nordeste que ele conseguiu transformar em uma CPI.

Na CPI ele foi agressivo com servidores de carreira, desrespeitou colegas e vazou informações sigilosas, o que se configura em crime. Distorceu dados e buscou a todo custo conquistar o eleitor bolsonarista.

Este operário da informação cansou de afirmar que estratégia tinha tudo para dar errado porque o eleitor bolsonarista do Rio Grande do Norte vota em General Girão (PL). Kelps foi até mais votado que o militar porque tem eleitores fora da esfera do bolsonarismo e não por ter agradado esse eleitorado.

A derrota de Kelps pune a sua própria incoerência e oportunismo. Ele poderia ter tido bem mais do que os 79.025 votos se tivesse adotado uma estratégia mais republicana na condução da CPI e, quem sabe, teria sido eleito.

Kelps saiu menor destas eleições. O Solidariedade diminuiu de tamanho na Assembleia Legislativa e virou um partido nanico porque não atingiu a cláusula de barreiras.

Por Bruno Barreto