ASSÚ, MACAU E GUAMARÉ LIDERAM PERDAS DE EMPREGOS NO OESTE POTIGUAR EM 2025


Os dados do Novo Caged referentes ao período de janeiro a agosto de 2025 revelam que três importantes municípios do Oeste Potiguar — Assú, Macau e Guamaré — estão entre os que apresentam os piores saldos de empregos formais no Rio Grande do Norte. Juntas, as três cidades não apenas lideram negativamente a região, como também figuram entre os piores desempenhos do estado.

Em Assú (58,7 mil habitantes), polo regional de serviços e agroindústria, o saldo do emprego formal foi de -268 vagas neste ano, resultado de 231 admissões contra 499 desligamentos. A reversão é significativa, já que em 2024 o município havia criado mais de 1,3 mil postos de trabalho.

Em Macau (27,3 mil habitantes), historicamente ligada à indústria salineira e ao petróleo, a trajetória negativa se aprofundou. O município, que já havia fechado 2024 com -113 empregos, registrou em 2025 um saldo ainda mais preocupante: -261 vagas, com 755 admissões contra 1.016 desligamentos.

Já em Guamaré (15,9 mil habitantes), outro município com forte dependência da cadeia energética, o saldo também foi desfavorável: -45 vagas (243 admissões frente a 288 desligamentos), contrastando com os números positivos de 2024, quando haviam sido gerados 192 empregos.

Embora os resultados variem em números absolutos, a análise proporcional mostra que Assú, Macau e Guamaré se destacam negativamente não apenas no Oeste, mas em todo o RN. No ranking estadual, proporcionalmente, só não apresentam situação pior do que Currais Novos, no Seridó, que acumula -794 vagas em 2025 — o maior saldo negativo do estado, tanto em termos absolutos quanto proporcionais.

O cenário expõe um alerta: polos médios como Assú e cidades de vocação industrial e energética como Macau e Guamaré vêm perdendo força na geração de empregos formais, o que pressiona ainda mais a economia do interior potiguar em 2025.