MINISTÉRIO DA SAÚDE INICIA VACINAÇÃO CONTRA HPV PARA MENINO
Meninos de 12 e 13 anos já podem ser vacinados contra o HPV
nos postos de vacinação de todo o país a partir desta segunda-feira, 2.
Até o ano passado, a imunização no Sistema Único de Saúde (SUS) era
feita somente em meninas. A expectativa do Ministério da Saúde é
proteger 3,6 milhões de meninos este ano. Foram adquiridos seis milhões
de doses ao custo de R$ 288,4 milhões.
O
HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas
por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para
filho no momento do parto. A pasta informou que a faixa etária será
ampliada para meninos entre 9 e 13 anos até 2020, gradativamente.
Segundo tabela divulgada pelo Ministério, no ano que vem, a oferta da
vacina incluirá meninos de 11 anos. Em 2019, garotos de 10 anos passarão
a ser imunizados também; e em 2020, os de 9.
A
estratégia de imunização de garotos, conforme o Ministério da Saúde,
tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus,
doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da faixa
etária para a vacinação visa proteger as crianças antes do início da
vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus.
De
acordo com a pasta, os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de
câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Ainda
segundo o Ministério, mais de 90% dos casos de câncer anal têm origem na
infecção pelo HPV. A decisão de ampliar a imunização contra o vírus
para o sexo masculino segue recomendações das Sociedades Brasileiras de
Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia, além de DST/AIDS, e do
Advisory Committee on Imunization Practices (órgão consultivo de
imunização dos Estados Unidos).
A
vacina é aprovada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de
Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, seis países
utilizam a vacina HPV para meninos como estratégia de saúde pública:
Estados Unidos, Panamá, Porto Rico, Áustria, Israel e Austrália. O
Brasil passa a ser o 7º país a distribuir a vacina. Segundo o Ministério
da Saúde, até 2018 a produção deverá ser 100% nacional. A vacina é uma
parceria entre a pasta e o Butantan.
Meninas
Outra
novidade no calendário de 2017 do SUS é a inclusão das meninas que
chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas
doses indicadas. O Ministério estima que 500 mil adolescentes estejam
nessa situação. Até o ano passado, a faixa etária se limitava dos 9 aos
13 anos. Para as garotas, o foco da imunização é proteger contra o
câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal, além de lesões
pré-cancerosas, verrugas genitais e outras infecções causadas pelo
vírus.
(Fonte Agência
Senado)