JOSÉ AGRIPINO MAIA EXPLICA SITUAÇÃO DO UNIÃO BRASIL EM PARNAMIRIM E DESCARTA RACHA NO PARTIDO


O presidente da União Brasil no Rio Grande do Norte, José Agripino Maia, negou que haja qualquer racha entre os membros da legenda no estado. Além disso, ele explicou a situação do UB em Parnamirim, terceira maior cidade do RN. As declarações foram dadas em entrevista ao RN No Ar, da TV Tropical, na manhã desta quinta-feira (27), com apresentação da jornalista Mara Godeiro.

"Você mantém um partido unido quando mantém o diálogo permanente, que é o que eu faço com os nossos deputados federais, principalmente, com os nossos prefeitos, com os nossos candidatos, com nossos deputados. Esse diálogo é permanente. Há uma coisa que precisa ficar clara. Eu sou presidente do partido porque sou fundador", afirmou.

O ex-senador destacou que a missão dele dentro do partido é coordenar as ações, com foco nas eleições de 2026. "Eu não sou candidato a nada. Eu não exerço competição nenhuma com nenhum dos nossos deputados, prefeitos. Minha presidência existe para fazer o partido crescer, para o partido eleger prefeitos, em Natal, em Mossoró, onde puder. Para o partido se preparar para 2026. A meta principal que é reconquistar o governo do estado. O partido está unido", esclareceu.

Em se tratando de Parnamirim, ele classificou a situação da corrida eleitoral no município como "um episódio na constelação das disputas". Segundo o presidente do União Brasil, Parnamirim virou o foco por algumas razões específicas. Uma polêmica surgiu quando os deputados federais pelo partido Paulinho Freire - que é pré-candidato a prefeito em Natal - e Benes Leocádio anunciaram apoio a Salatiel de Souza (PL). Uma foto dos três circulou pelas redes sociais.

"Poderiam ter exibido a foto da reunião que eu fiz com os dois antes da anunciada entrevista coletiva que diziam que iria contar com as presenças deles. O que é que existe? Compreensão entre nós. Paulinho é candidato a prefeito de Natal e Benes é candidato à reeleição. Olhando para 2026, é muito importante que os partidos aliados estejam afinados. É preciso que haja uma união entre os nossos correligionários. Paulinho precisa estar bem com Kátia Pires, que vai ajudá-lo em Natal. Nós precisamos estar bem com os nossos aliados, no caso o PL", detalhou.

"Exigiram que Paulinho, em contrapartida ao apoio que recebeu, dissesse que apoia o candidato do PL em Parnamirim. Paulinho estará em campanha em Natal. Não vai aparecer em Parnamirim. Combinado entre nós, não tem racha no partido. Eu disse: 'Você teve voto em Parnamirim?' Falando com os dois. Votos que vieram do apoio de Taveira. 'Nada mais razoável de que você dar uma demonstração de que aqueles votos que vieram pelas mãos de pessoas de Taveira, de lideranças políticas ligadas a Taveira, você diga às pessoas que podem votar no candidato de Taveira'. E assim foi feito", completou.

Outra polêmica levantada nos últimos dias seria uma possível manobra para que ele fosse retirado da presidência do partido. José Agripino rechaçou a possibilidade. "É uma invencionice de quem está querendo transpor para o União Brasil eventuais divergências que existem na casa de quem está criando essas histórias. Eu sou dirigente da executiva nacional e fundador. A minha relação com o presidente e com o vice é privilegiada. No RN, não disputo posição com ninguém. Eu seria destituído por quê?", considerou.

"Se eu só faço servir ao partido no plano nacional. No plano estadual, eu existo só para arranjar os meios que existam bons candidatos para fazerem boas campanhas e ganhar as eleições, para que a gente forme um grupo forte e possa eleger governador, senador e quem mais a gente possa nas eleições de 2026. Essa história de mudança de comando é uma brincadeira de mau gosto", encerrou.