COM VACINAÇÃO BAIXA, GRIPE AVANÇA E PRESSIONA REDE DE SAÚDE PÚBLICA DO RN
Com apenas 44,5% do público-alvo imunizado contra a gripe até esta terça-feira 1º, o Rio Grande do Norte segue com cobertura vacinal considerada abaixo do ideal. O baixo índice de adesão preocupa autoridades de saúde, sobretudo diante do aumento de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e do uso indiscriminado de medicamentos sem orientação médica, que pode agravar os casos.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesap), 704.333 doses da vacina contra a influenza foram aplicadas no RN. Entre os grupos prioritários, a cobertura alcançou 60,98% das gestantes, 45,35% dos idosos e 40,44% das crianças de seis meses a seis anos de idade. A vacina está disponível para toda a população nas unidades básicas de saúde. A campanha começou em 7 de abril, com o “Dia D” realizado em 10 de maio.
O Boletim Epidemiológico da Sesap aponta estabilidade nas notificações de SRAG em 2025, na comparação com o mesmo período de 2024. No entanto, houve aumento expressivo nos casos causados por Influenza, com nove mortes confirmadas até 31 de maio. Crianças de zero a nove anos correspondem a 64% das notificações, enquanto idosos com 65 anos ou mais concentram 67% dos óbitos. As principais comorbidades associadas aos casos são asma (13%), doenças cardiovasculares crônicas (12%) e diabetes mellitus (8%).
O percentual de internação por SRAG está em 13,94% dos leitos monitorados pelo Regula RN, embora tenha atingido 16% em semanas anteriores, de acordo com a Sesap. Esse aumento acompanha a sazonalidade dos vírus respiratórios, que se intensificam no período de temperaturas mais baixas e maior incidência de chuvas, quando a campanha de vacinação contra a gripe é reforçada.
Além do aumento nas infecções respiratórias no RN, preocupa também a automedicação e o uso indiscriminado de medicamentos sem prescrição, especialmente para tratar sintomas gripais. Segundo a farmacêutica Jéssica Nayane, professora do curso de Farmácia da Estácio, o uso de remédios sem prescrição pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico correto e provocar efeitos colaterais graves.
Segundo ela, “o problema é que a automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico correto, causar efeitos colaterais graves e interações medicamentosas perigosas, sem contar o risco de agravar o estado de saúde do paciente”.
Farmacêutica alerta para riscos de automedicação
Jéssica Nayane alertou especialmente para o uso indevido de antibióticos em quadros virais, como gripes e resfriados, que não respondem a esse tipo de medicamento. “O uso inadequado de antibióticos contribui diretamente para o avanço da resistência bacteriana, um problema de saúde pública que pode tornar infecções futuras muito mais difíceis de tratar”, explicou.
Medicamentos de uso comum, como anti-inflamatórios, antialérgicos e descongestionantes, também oferecem riscos, sobretudo para pessoas com doenças crônicas como hipertensão, diabetes ou problemas gástricos. Entre os efeitos adversos mais frequentes estão taquicardia, sonolência, insônia, reações alérgicas e intoxicações.
A farmacêutica chamou a atenção ainda para o uso de fitoterápicos e chás medicinais. “A crença de que ‘o natural não faz mal’ é um equívoco perigoso. Muitos fitoterápicos possuem princípios ativos potentes, que podem interagir com medicamentos prescritos e causar efeitos indesejados”, destacou.
A orientação da Sesap e de especialistas é que, diante de qualquer sintoma gripal ou respiratório, a população procure atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Na ausência de médico, o farmacêutico pode auxiliar com orientações seguras e encaminhamento, quando necessário.
Jéssica Nayane alertou especialmente para o uso indevido de antibióticos em quadros virais, como gripes e resfriados, que não respondem a esse tipo de medicamento. “O uso inadequado de antibióticos contribui diretamente para o avanço da resistência bacteriana, um problema de saúde pública que pode tornar infecções futuras muito mais difíceis de tratar”, explicou.
Medicamentos de uso comum, como anti-inflamatórios, antialérgicos e descongestionantes, também oferecem riscos, sobretudo para pessoas com doenças crônicas como hipertensão, diabetes ou problemas gástricos. Entre os efeitos adversos mais frequentes estão taquicardia, sonolência, insônia, reações alérgicas e intoxicações.
A farmacêutica chamou a atenção ainda para o uso de fitoterápicos e chás medicinais. “A crença de que ‘o natural não faz mal’ é um equívoco perigoso. Muitos fitoterápicos possuem princípios ativos potentes, que podem interagir com medicamentos prescritos e causar efeitos indesejados”, destacou.
A orientação da Sesap e de especialistas é que, diante de qualquer sintoma gripal ou respiratório, a população procure atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Na ausência de médico, o farmacêutico pode auxiliar com orientações seguras e encaminhamento, quando necessário.