VEREADOR DE GUAMARÉ: RECEBO ORDENS, APENAS CUMPRO.
A sessão extraordinária realizada na Câmara Municipal de Guamaré, destinada a discutir projetos voltados às unidades escolares da rede municipal, revelou mais do que o conteúdo das proposições em pauta. O que se viu, e se ouviu, foi um recorte fiel da realidade política que há tempos este blog vem acompanhando: a submissão velada (ou nem tanto) de parte do parlamento ao Poder Executivo.
O episódio que acendeu o alerta foi protagonizado pelo vereador Diego Miranda, que, em meio às discussões, levantou um questionamento regimental pertinente: a possibilidade (ou ausência dela) de se realizar a sessão em razão da pauta estar trancada pela não votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Diego, sem rodeios, relatou que chegou a questionar colegas da base governista sobre a legalidade de entrar em recesso sem apreciar a LDO. Segundo ele, a resposta que obteve foi risos e indiferença. “Você sabe como é que acontece as coisas. Eu só sou, só recebo ordens”, declarou, num tom que misturava denúncia e resignação.
A fala caiu como uma bomba no plenário e provocou desconforto entre os vereadores da base aliada ao governo. Vários se apressaram a utilizar a palavra, ora para se defender, ora para tentar descredibilizar a narrativa de Diego. Alegaram que não estavam presentes ou que não foram os autores da frase, criando uma espécie de corrida pela inocência.
O confronto verbal ganhou novo episódio quando o vereador Gustavo Santiago acusou Diego de se referir a uma suposta “reunião” com governistas. O parlamentar foi rápido em corrigir: “Não falei em reunião, falei em conversas”. E foi além, num gesto calculado de revelação indireta: “Não vou falar o nome… O próprio vereador Gustavo sabe quem foi!”
A ambiguidade proposital de Diego Miranda escancarou o que muitos já suspeitavam: há um nível de subordinação tão enraizado entre alguns vereadores e o Executivo municipal que a independência do Legislativo é hoje apenas formal, não prática. A Câmara, ao que parece, se converteu num departamento do Executivo, e não num poder autônomo, como exige a Constituição.
Essa realidade, embora conhecida por este blog, que, com suas estratégias silenciosas e discretas, ao estilo de um B-2 Spirit, aquele que ninguém enxerga, mas que sonda as entranhas do poder, se tornou visível, palpável e indiscutível diante da fala de Diego. Ali, sem máscaras, revelou-se a alma de um parlamento que já não cumpre integralmente o papel de representar o povo.
O episódio, ainda que pontual, expõe um cenário preocupante: a toxicidade da relação entre Legislativo e Executivo em Guamaré, marcada por cabresto político, submissão e ausência de coragem. Mas também, deixou claro a falta de confiança entre os parlamentares governistas, que parecem não se suportarem num mesmo espaço na busca por mais espaço, vivendo entre perdas e poucos êxitos e sem acreditar mais no discurso de virar a página, de passar borracha ou manteiga.
Este blog, fiel ao seu compromisso com a informação e atento aos bastidores, não apontará diretamente o autor da polêmica frase, mas deixará pistas para os curiosos e atentos:
Não é da oposição;
Não é o atual presidente da Casa;
É alguém conhecido por falar muito;
Domina o discurso populista;
Defende o indefensável;
Enxerga a política como uma profissão e não como missão;
Atropela seus pares e tem garantido a preferência do chefe.
Ao se furtar de assumir sua própria postura, o submisso acabou por lançar um foco ainda mais intenso sobre seus “companheiros”. Estes, relegados ao segundo ou último plano, passaram a ser vistos pela população como cúmplices silenciosos, suspeitos não por suas ações, mas pela obediência passiva. O gesto, aparentemente inofensivo, reforçou a percepção de que são apenas peças manipuladas, massa de manobra a serviço dos interesses daquele que realmente comanda e aufere vantagem.
Ao fim, tudo indica que o Legislativo de Guamaré, ao menos em parte, abandonou o cultivo das boas práticas democráticas para se render às conveniências das vantagens antidemocráticas, férteis para poucos, estéreis para o povo.
Eu ao grande, mas pequeno parlamentar, resta dizer: “Eu Obedeço, Logo Sou Vereador”
O episódio que acendeu o alerta foi protagonizado pelo vereador Diego Miranda, que, em meio às discussões, levantou um questionamento regimental pertinente: a possibilidade (ou ausência dela) de se realizar a sessão em razão da pauta estar trancada pela não votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Diego, sem rodeios, relatou que chegou a questionar colegas da base governista sobre a legalidade de entrar em recesso sem apreciar a LDO. Segundo ele, a resposta que obteve foi risos e indiferença. “Você sabe como é que acontece as coisas. Eu só sou, só recebo ordens”, declarou, num tom que misturava denúncia e resignação.
A fala caiu como uma bomba no plenário e provocou desconforto entre os vereadores da base aliada ao governo. Vários se apressaram a utilizar a palavra, ora para se defender, ora para tentar descredibilizar a narrativa de Diego. Alegaram que não estavam presentes ou que não foram os autores da frase, criando uma espécie de corrida pela inocência.
O confronto verbal ganhou novo episódio quando o vereador Gustavo Santiago acusou Diego de se referir a uma suposta “reunião” com governistas. O parlamentar foi rápido em corrigir: “Não falei em reunião, falei em conversas”. E foi além, num gesto calculado de revelação indireta: “Não vou falar o nome… O próprio vereador Gustavo sabe quem foi!”
A ambiguidade proposital de Diego Miranda escancarou o que muitos já suspeitavam: há um nível de subordinação tão enraizado entre alguns vereadores e o Executivo municipal que a independência do Legislativo é hoje apenas formal, não prática. A Câmara, ao que parece, se converteu num departamento do Executivo, e não num poder autônomo, como exige a Constituição.
Essa realidade, embora conhecida por este blog, que, com suas estratégias silenciosas e discretas, ao estilo de um B-2 Spirit, aquele que ninguém enxerga, mas que sonda as entranhas do poder, se tornou visível, palpável e indiscutível diante da fala de Diego. Ali, sem máscaras, revelou-se a alma de um parlamento que já não cumpre integralmente o papel de representar o povo.
O episódio, ainda que pontual, expõe um cenário preocupante: a toxicidade da relação entre Legislativo e Executivo em Guamaré, marcada por cabresto político, submissão e ausência de coragem. Mas também, deixou claro a falta de confiança entre os parlamentares governistas, que parecem não se suportarem num mesmo espaço na busca por mais espaço, vivendo entre perdas e poucos êxitos e sem acreditar mais no discurso de virar a página, de passar borracha ou manteiga.
Este blog, fiel ao seu compromisso com a informação e atento aos bastidores, não apontará diretamente o autor da polêmica frase, mas deixará pistas para os curiosos e atentos:
Não é da oposição;
Não é o atual presidente da Casa;
É alguém conhecido por falar muito;
Domina o discurso populista;
Defende o indefensável;
Enxerga a política como uma profissão e não como missão;
Atropela seus pares e tem garantido a preferência do chefe.
Ao se furtar de assumir sua própria postura, o submisso acabou por lançar um foco ainda mais intenso sobre seus “companheiros”. Estes, relegados ao segundo ou último plano, passaram a ser vistos pela população como cúmplices silenciosos, suspeitos não por suas ações, mas pela obediência passiva. O gesto, aparentemente inofensivo, reforçou a percepção de que são apenas peças manipuladas, massa de manobra a serviço dos interesses daquele que realmente comanda e aufere vantagem.
Ao fim, tudo indica que o Legislativo de Guamaré, ao menos em parte, abandonou o cultivo das boas práticas democráticas para se render às conveniências das vantagens antidemocráticas, férteis para poucos, estéreis para o povo.
Eu ao grande, mas pequeno parlamentar, resta dizer: “Eu Obedeço, Logo Sou Vereador”
Guamaré em Dia