SEM TRANSPORTE, ESTUDANTES DE IPANGUAÇU ACUMULAM FALTAS E CRITICAM GESTÃO DE JEFFERSON SANTOS

O prefeito de Ipanguaçu, Jefferson Santos, que recentemente ganhou notoriedade ao gravar um vídeo criticando e ameaçando perseguir policiais do CPRE, volta a ser alvo de duras críticas, desta vez por parte dos estudantes universitários do município.

O episódio mostra o desgaste da gestão, que prometeu mudanças nas áreas essenciais, como educação e saúde, mas tem mostrado contradições e decisões que prejudicam diretamente a população.

Ônibus escolar retido pela PRF expôs falhas
No dia 25 de agosto, um ônibus escolar que transportava universitários de Ipanguaçu para Mossoró foi fiscalizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e acabou retido. O motivo: o motorista não possuía o curso exigido na CNH para conduzir transporte escolar.

O caso expôs falhas graves na gestão e colocou em xeque a promessa do prefeito de zelar pela segurança dos estudantes.

Suspensão do transporte revolta alunos

No dia seguinte ao episódio, Jefferson Santos se reuniu com representantes da Secretaria de Educação e do setor jurídico da prefeitura e decidiu suspender, por tempo indeterminado, o transporte dos alunos para Mossoró e Assú. A própria prefeitura emitiu uma nota confirmando as irregularidades e justificando a suspensão.

Estudantes, no entanto, afirmam estar sendo prejudicados. Uma aluna, que preferiu não se identificar com medo de perseguições de cargos comissionados da gestão, denunciou que está acumulando faltas e perdendo conteúdos. A declaração emitida pela prefeitura, segundo ela, não supre as ausências nem compensa as perdas acadêmicas.

Contradições e críticas à gestão

A decisão do prefeito de suspender o transporte escolar veio logo após suas declarações polêmicas contra o trabalho do CPRE em Ipanguaçu. Para parte da população, isso reforça a ideia de que Jefferson Santos é contrário à fiscalização de trânsito porque parentes e aliados estariam entre aqueles que cometem irregularidades, como menores dirigindo carros e motos ou pessoas sem habilitação conduzindo veículos.

Enquanto estudantes enfrentam prejuízos acadêmicos e a população cobra soluções para os problemas básicos da cidade, o prefeito tem preferido gastar tempo gravando vídeos para as redes sociais, atacando órgãos de fiscalização e prometendo oficializar ao Governo do Estado um pedido para proibir blitz no município.

A gestão municipal, que deveria priorizar a educação e a segurança, acaba colhendo críticas cada vez mais duras e acumulando desgaste político.



Assú Notícia