CASOS DE COVID TÊM CRESCIMENTO E VACINAÇÃO PRECISA CONTINUAR


Mesmo após o fim da emergência global de Covid-19, decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio de 2023, o vírus continua em circulação e necessita de cuidados da população. De acordo com os últimos boletins epidemiológicos publicados pela Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS), entre os períodos de janeiro de 2023 até junho de 2024, foram 12.748 casos suspeitos de coronavírus, sendo 3.499 confirmados. Em números mensais, as notificações positivas saíram de 13 no mês de maio para 34 em junho, isto é, um aumento de 161,53%.


A reportagem da TRIBUNA DO NORTE esteve na Unidade Básica de Saúde (UBS) São João, no bairro do Tirol, e constatou a média procura pelas vacinas de Covid-19 durante a manhã desta terça-feira (24). Segundo a direção da unidade, as doses de vacinas destinadas ao público adulto já estão com o vencimento próximo, para esta sexta-feira (27) e ainda não houve entrega de uma nova remessa para reposição. Já para o público abaixo de 12 anos, apenas 30 doses estão disponíveis.

Uma pesquisa realizada neste mês de setembro pela Conferência Nacional dos Municípios (CNM) mostra que 64,7% (1.563) dos municípios brasileiros relataram falta de pelo menos um imunizante para oferta à população na rede pública de saúde. Destes, foram 770 confirmações da escassez da vacina de Covid-19 para crianças, com uma média de 30 dias diante dessa situação.

Em resposta à TRIBUNA DO NORTE, a SMS esclareceu que Natal recebeu apenas o estoque com vacinas unidoses que podem ser utilizadas no público com idade a partir de 12 anos, e por isso não está oferecendo vacinação da Covid-19 para as crianças pela carência da reposição dessas doses. “O município segue aguardando remessa do imunizante no formato multidose por parte do Ministério da Saúde para retomar a vacinação para este público”, afirma a pasta.

Ainda diante do levantamento da CNM, foram apresentados dados da Fiocruz que demonstram um crescimento de 66% de casos da Covid-19 no Brasil entre os meses de julho e agosto. Com essas informações, a Confederação cobrou providências do governo federal para sanar a falta de vacinas nas cidades brasileiras. “Estamos cobrando do Ministério da Saúde que disponibilize os imunizantes para vacinar as crianças e suas famílias o mais rapidamente possível”, afirma Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.

Já em relação aos registros da Covid-19 em Natal, o boletim epidemiológico apontam que a faixa etária mais acometida durante os últimos casos está entre 20 a 59 anos, sendo predominantemente do gênero feminino. Na proporção de óbitos, a população idosa é a mais atingida, com 84,78%. Já entre as comorbidades, a maior frequência de mortes é destacada por cardiopatas (53,19%), seguida por diabetes (34,04%).

“Para os munícipes de Natal com idade superior a 12 anos, a vacinação contra a Covid-19 segue na capital para os públicos prioritários, como idosos, gestantes e imunocomprometidos”, afirma a SMS.

Cuidados
 
De acordo com orientações do Ministério da Saúde, algumas recomendações para prevenção de contaminação pela Covid-19 ou outras infecções seguem mesmo após o fim da emergência global. A higienização das mãos é uma das medidas mais efetivas na redução de transmissão de doenças respiratórias.

Para as pessoas que apresentarem sintomas gripais ou que tenham tido contato com um paciente com Covid-19, o uso da máscara é recomendado. Cobrir o nariz e a boca com lenço de papel ou com o antebraço, e nunca com as mãos, ao tossir ou espirrar também é uma das formas de etiqueta respiratória.