IMAGENS AÉREAS MOSTRAM RECUPERAÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA NA MAIOR BARRAGEM DO RN; VEJA VÍDEO



A maior reservatório do Rio Grande do Norte vem se recuperando após a volta das chuvas no interior do estado. É o que mostram as imagens aéreas gravadas neste final de semana por um drone(veja vídeo acima). Em janeiro, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves chegou a 11,5% de sua capacidade, o mais baixo desde sua inauguração, em 1983, e entrou em volume morto. Agora, segundo a mais recente medição feita pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), está com 26,8%.


As imagens foram registradas pelo drone do técnico em produção de petróleo Bruno Andrade. Ele esteve lá em janeiro e retornou ao mesmo local neste final de semana. O equipamento sobrevoou a torre de observação, as comportas e a parede da barragem, que ficam na cidade de Itajá, na região Oeste potiguar.

A barragem

A Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves tem capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos de água. O nível atual é de 643,2 milhões, ou seja, 26,8% de sua capacidade. Administrado pelo Departamento nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), é o maior reservatório potiguar e o segundo maior do Nordeste. Dele, dependem diretamente 40 municípios das regiões oeste e seridó do estado. Sua última vazão, quando as águas transbordaram por sobre o sangradouro, aconteceu em 2011.

Chuvas acima da média

Segundo último boletim divulgado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), tem chovido acima do esperado em todo o território potiguar. Levantamento feito pela Unidade de Meteorologia do órgão afirma que o acumulado de chuvas nestes primeiros meses do ano está 22,3% acima da média – um dado que representa alívio e esperança para o sertanejo. Afinal, são 6 anos seguidos de estiagem severa.

Seca Histórica



Com seis anos seguidos de estiagem, o Rio Grande do Norte enfrenta a seca mais severa de todos os tempos. Os efeitos são preocupantes. Dos 167 municípios potiguares, 153 estão em calamidade por causa da seca – o que representa 92% do estado. Além disso, 14 cidades estão em colapso, e outras 82 possuem sistemas de rodízio para ter água encanada. Ao longo destes anos, o governo estima que os prejuízos já passaram dos R$ 4 bilhões por causa da redução do rebanho e do plantio.