OPOSIÇÃO PEDIRÁ IMPEACHMENT DE BOLSONARO


O líder da Oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou que entrá nesta 6ª feira (24.abr.2020) com pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro com base nas acusações feitas pelo agora ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública). A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) analisa se também solicitará a saída do líder do Executivo.

No Twitter, o Randolfe Rodrigues (líder da Rede) disse que não vai admitir qualquer tipo de impunidade. “Há motivos de sobra para o afastamento”, disse.

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, disse que as declarações de Moro ao deixar o cargo foram muito graves e indicam que Bolsonaro teria cometido possíveis crimes de responsabilidade. Santa Cruz solicitou à Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem “1 estudo detalhado do pronunciamento”.

Ao deixar o cargo, o ex-juiz federal acusou o presidente de ter cometido crimes de responsabilidade e de falsidade ideológica. Disse que Bolsonaro afirmou “mais de uma vez” que queria uma pessoa de seu “contato pessoal” em cargos de comando na PF (Polícia Federal) para poder “ligar” e “colher informações“.

Disse ainda que “o grande problema” não era quem entraria no lugar do agora ex-diretor-geral, Mauricio Valeixo, seu braço direito, mas sim por que essa pessoa iria entrar no cargo.

Eis a íntegra do posicionamento da OAB:

“Foram muito graves as declarações do ministro Sergio Moro ao comunicar sua demissão, indicando possíveis crimes por parte do presidente da República. Solicitei à Comissão de Estudos Constitucionais da OAB 1 estudo detalhado do pronunciamento e suas implicações jurídicas. É lamentável que, no dia seguinte ao país registrar mais de 400 mortos pela pandemia, estejamos todos em meio a nova crise patrocinada pelo governo.”
PSOL VAI À PGR

A bancada do Psol na Câmara protocolou ofício à PGR (Procuradoria Geral da República (PGR) solicitando ações urgentes contra as possíveis “interferências” do presidente da em investigações em curso e para preservação de indícios e provas de investigações em curso. Eis a íntegra (807 KB) do ofício.

Segundo a líder Fernanda Melchionna (Psol-RS), “a coletiva de Sergio Moro – que mais pareceu uma delação – demonstrou mais uma vez que Bolsonaro está cometendo inúmeros crimes para proteger a si e a seus filhos. Bolsonaro não passa de um criminoso, ele não pode continuar!”.