STYVENSON E O EXCESSO DE ZELO COM PALAVRÕES

O senador Styvenson Valentim (PODE), eleito na esteira da antipolítica, tem cometido o pecado do excesso de zelo. A história do áudio em que ele desfere uma série de palavrões numa conversa em que desabafa sobre a busca de informações a respeito da aplicação de uma emenda enviada para a Prefeitura de Parnamirim é uma prova disso.

É um dever do parlamentar fiscalizar a aplicação dos recursos de suas emendas. Mas o senador exagerou não só pelos palavrões como pela exigência dos nomes e CPFs dos pacientes. A ética médica não permite que esses dados sejam expostos.

Styvenson talvez tenha sido mal orientado a respeito do assunto.

Por outro lado, ataca-lo por isso acaba gerando um efeito contrário. O cidadão médio, que não compreende essas limitações vai achar ele o máximo e até considerar os palavrões uma demonstração de autenticidade. Ao que me parece o áudio vazado é fruto de uma conversa informal em que é comum desferir palavras de baixo calão.

O pecado de Styvenson foi pelo excesso de zelo. Não creio que este episódio gere danos a sua imagem.