TAXA DE ALUNOS INFECTADOS FAZ PREFEITURA DE SP ADIAR VOLTA ÀS AULAS

Primeira fase de pesquisa na rede municipal de ensino de São Paulo indica que 16,1% dos alunos contraíram covid-19. Dentre os infectados, 64,4% não manifestaram sintomas.

Mais de 25% dos estudantes permaneceram em casa com familiares com 60 anos ou mais. A faixa etária integra o grupo de risco da covid-19, que matou mais pessoas no Estado de São Paulo do que em qualquer outra unidade da Federação. A retomada das aulas presenciais está em discussão no Estado.

A proposta inicial era que os alunos voltassem às escolas em 8 de setembro, mas a data foi prorrogada para 7 de outubro. O retorno em setembro se tornou opcional para as escolas que estivessem dentro dos critérios estabelecidos pelo Plano São Paulo –o conjunto de diretrizes de retomada das atividades no Estado.

Os resultados da pesquisa na rede municipal afastaram a possibilidade de retorno às aulas em setembro na cidade de São Paulo, apesar da autorização do Estado. Foi o que afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB) em entrevista concedida nesta 3ª feira (18.ago).

Ele classificou como “temerário” o retorno às aulas presenciais nas atuais circunstâncias, e disse que a suspensão permanece tanto para a rede pública quanto para a rede privada. Covas afirmou que “é muito mais complicado manter o distanciamento social dentro da sala de aula, dentro da escola, do que em bares, restaurantes e outros estabelecimentos já autorizados ao retorno”.

O prefeito afirmou que a retomada em outubro ainda é uma possibilidade, mas que a decisão depende das próximas fases do estudo. Ele acrescentou que há a possibilidade de inserir alunos da rede privada e da rede estadual na pesquisa.

Há mais 3 etapas previstas, com início nas seguintes datas: 20 de agosto, 5 de setembro e 16 de setembro.

Pesquisa do PoderData indica que 76% da população considera que ainda é cedo para retornar às aulas. Levantamento do DataFolha divulgado nesta 3ª confirma que essa é a opinião da maioria dos brasileiros.