EM MEIO A RECORDES, PRESIDENTE DA PETROBRAS DEFENDE EXPANSÃO DA PRODUÇÃO


Num cenário de produção recorde, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, destacou a importância de aprofundar as discussões antes de impor restrições à produção de petróleo no Brasil. Prates argumenta que a busca incessante por novas fronteiras exploratórias é essencial para prevenir a dependência futura de importações.

As declarações feitas em entrevista à GloboNews surgem em resposta à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que defendeu, em entrevista ao Financial Times, a imposição de um limite para a exploração de petróleo no Brasil.

Prates reiterou seu apoio à exploração na desafiadora Bacia de Foz do Rio Amazonas, no Amapá, apontando o potencial exploratório massivo, apesar dos desafios socioambientais. O Ibama negou a licença para a Petrobras perfurar um poço exploratório na região em maio deste ano, e a empresa aguarda uma resposta ao seu pedido de reconsideração. O CEO enfatizou a importância estratégica de explorar novas fronteiras para evitar o declínio na produção da Petrobras, previsto para aproximadamente 2032.

Recordes na produção


Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na quinta-feira, 28, revelam um crescimento na produção de petróleo no Brasil. Em novembro, a produção média atingiu a marca inédita de 3,678 milhões de barris por dia (bpd), representando um salto significativo de 18,8% em relação ao mesmo período de 2022. Esse aumento foi impulsionado pelo desenvolvimento de áreas cruciais do pré-sal, resultando também em um volume histórico de produção de gás no mesmo período.

A produção nacional de gás natural alcançou a cifra recorde de 162,12 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) em novembro, representando um crescimento de 15,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Considerando a produção conjunta de petróleo e gás, o país atingiu um recorde de 4,698 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em novembro, destacando a expressiva contribuição do pré-sal, responsável por 76,3% da produção brasileira.

A Petrobras, como principal concessionária, atingiu a notável marca de 2,365 milhões de bpd em novembro, registrando um incremento considerável de 15,7% em comparação com o mesmo mês de 2022. Outros gigantes do setor, como Shell e TotalEnergies, também apresentaram aumentos robustos em suas produções.

*Com Reuters