GRUPO QUE PLANEJAVA V1NGANÇA EM JOÃO DIAS É POSTO EM LIBERDADE; POPULAÇÃO TEME O PIOR, ENQUANTO A POLÍCIA ENTRA EM ALERTA MÁXIMO


Um grupo com dez homens que foi preso ostentando 13 armas de fogo, incluindo fuzis, no mesmo dia da morte do prefeito João Dias, Marcelo Oliveira, foi posto em liberdade na última semana. Para a Polícia Civil, os homens formam uma MILÍCIA PRIVADA (veja aqui) e estavam se preparando para vingança.

De acordo com a Polícia Civil, mensagens captadas pela investigação apontaram que o ex-chefe de gabinete José Jair de Oliveira, irmão do prefeito e apontado chefe da milícia privada que se preparava para vingar a morte de Marcelo Oliveira, seu irmão, negociava armas de fogo de diferentes calibres.

Ainda de acordo com o trabalho minucioso da Polícia Civil, Marcelo Linhares, que hoje é o presidente da Câmara Municipal de João Dias, foi interceptado nessas conversas e nelas mostrava interesse em trocar o seu armamento, uma pistola calibre 380 por um Revólver Magnum com calibre .357, de uso restrito.

Em uma segunda conversa interceptada entre José Jair e Marcelo Linhares, é possível registrar o pedido de um “pente”, termo usado para quem se refere a um carregador de arma de fogo, o que segundo a Polícia Civil, reforça a tese de envolvimento do ex-chefe de gabinete da prefeitura com venda de armas.


Em um vídeo que circulou na imprensa, Helena Oliveira, esposa de José Jair, reforçou que o marido estava acompanhado de nove pessoas, todas armadas, ratificando as informações da investigação que apontaram Milícia Privada, no entanto, segundo ela, a justiça não acatou o que dizia o inquérito policial.

“Eles foram acusados de formar uma Milícia Privada, mas a acusação não se sustentou. O Ministério Público, da Vara Especializada em Natal, arquivou a acusação e o processo volta novamente para Alexandria, só que quando o processo volta, o MP de Lá substituiu a acusação por Associação Criminosa”.