TETO DO HOSPITAL DEOCLÉCIO MARQUES CAI E ATINGE PACIENTE DE 69 ANOS

Parte do forro de gesso do banheiro do Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, caiu e atingiu uma paciente e sua acompanhante nesta quarta-feira (11). Maria Lopes do Nascimento Moreira de 69 anos, estava internada na unidade após passar por um procedimento cirúrgico de fratura no fêmur e foi atingida pelos blocos de gesso que cederam enquanto sua filha lhe dava banho.
A vítima foi ferida no braço, e ressalta que a sua sorte foi porque estava acompanhada, "Ainda bem que minha filha estava comigo, já que não consigo mais andar, devido a complicação da cirurgia que fiz aqui", relata. A acompanhante da paciente também foi ferida pelo desabamento.
 "Mais uma vez a população é punida pelo descaso e pela precarização do Governo do Estado com os hospitais estaduais do Rio Grande do Norte. O hospital Deoclécio Marques está aguardando há anos por uma reforma inacabada. Será que é preciso acontecer o pior para a gestão e a governadora Fátima tomarem as devidas providências? Hoje foi um acidente e amanhã?", declarou Thelma Ribeiro, diretora do Sindsaúde RN.
 Segundo o Sindicato, o sucateamento da saúde não é só no hospital Deoclécio Marques. A situação de calamidade na saúde do Estado vem se arrastando há anos e abrange todos os hospitais do estado, principalmente os do interior. Só entre 2017 e 2018 o RN esteve sob decreto de calamidade na saúde pública por três vezes consecutivas. Durante o governo Robinson Faria (PSD) se fechou hospitais, como o hospital da Polícia, em Mossoró/RN e diversos leitos de UTI. 
 "Agora, a governadora Fátima Bezerra vem seguindo a mesma política. Ameaçando fechar o hospital Ruy Pereira e agravando a situação da saúde. Os corredores dos hospitais continuam superlotados, a infraestrutura está desgastada, falta equipamentos e remédios nas unidades de saúde. Os servidores continuam trabalhando com os salários atrasados, o défict de profissionais da área é grande e gera a precarização no atendimento prestado à população", diz o Sindsaúde.