COVID-19: EM MENOS DE 2 MESES, 13 CIDADES DO RN TÊM MAIS CASOS QUE EM 2020; EM CARNAÚBA DS DANTAS (RN) TRIPLICOU
Tenente Laurentino Cruz (RN), na região Central do Estado, saiu de 89 casos em 2020 para 231 até a última segunda-feira (22). Jardim do Seridó (RN), que tinha 370 casos, passou para 895, no mesmo período.
Dos 167 municípios potiguares, 45 tiveram aumento de ao menos 50% de casos nos dois primeiros meses de 2021, em comparação com todo o ano de 2020. Entre eles, destacam-se cidades populosas como Tibau do Sul (RN) (66%), Santa Cruz (RN) (57%), Patu (RN) (55%), Currais Novos (RN) (55%) e Extremoz (RN) (50%).
Somente o município de Barcelona não registrou nenhum caso em 2021, e continua com as mesmas 41 notificações que tinha em 31 de dezembro do ano passado.
Natal teve aumento de 31% dos casos em relação ao registrado em dezembro. A capital potiguar passou de 34.453 para 45.125. Parnamirim, na região metropolitana, teve crescimento de 45% dos casos, que passaram de 10.606 para 15.395. A região está com praticamente todos os leitos críticos para covid ocupados.
Mossoró, a segunda maior cidade do estado, teve crescimento de 27% na quantidade de casos, passando de 10.849 para 13.823 no período.
Aumento de casos confirmados de covid-19 em cidades do RN
Cidades | Até 31 de dezembro | Até 22 de fevereiro | Aumento % |
Carnaúba dos Dantas | 117 | 375 | 221% |
Tenente Laurentino Cruz | 89 | 262 | 194% |
Serrinha dos Pintos | 123 | 334 | 172% |
Almino Afonso | 91 | 231 | 154% |
Jardim do Seridó | 370 | 895 | 142% |
Alexandria | 340 | 817 | 140% |
Antônio Martins | 85 | 202 | 138% |
Parelhas | 274 | 649 | 137% |
Lagoa Nova | 154 | 344 | 123% |
Viçosa | 108 | 236 | 119% |
João Câmara | 623 | 1335 | 114% |
Portalegre | 162 | 336 | 107% |
Rafael Godeiro | 161 | 322 | 100% |
Fonte: Sesap/RN
O crescimento dos casos refletiu na ocupação de leitos críticos na região metropolitana de Natal. Nesta quarta-feira (24), o secretário Estadual de Saúde, Cipriano Maia, disse que o Estado abrirá mais leitos, mas a população precisa seguir os protocolos para evitar contaminação.
“Estamos criando cerca de 60 leitos, mas todo o sistema de saúde tem seus limites, não podemos criar leitos do dia para a noite. É necessário pessoal, insumos, esforços, e tudo isso tem limite. Não é a expansão de leitos que resolve o problema, porque muitas pessoas podem ter um leito e ainda assim não salvar a vida. O que salva vida é evitar contaminação e a infecção. E isso se faz com as medidas restritivas e o isolamento social que temos recomendado”, afirmou Maia.
G1 (RN)