APÓS PERDER LONDRES-2012, COBERTURA DA GLOBO QUER SER A MAIOR DA HISTÓRIA
Em
2012, a Globo sofria uma das suas maiores derrotas no campo esportivo
com os Jogos de Londres. Comprada pela Record, a edição britânica das
Olimpíadas forçou a maior emissora do país a esconder a competição e ser
muito criticada por isso. Quatro anos depois, ela aproveita a Rio-2016
para tentar fazer a maior cobertura de sua história.
O plano
apresentado ao mercado publicitário prevê 1000 horas de Olimpíadas na TV
aberta e mais de 7,5 mil horas divididos em 16 canais no Sportv. É mais
do que promete a NBC, rede americana que é a maior parceira dos Jogos e
fala em 6,7 mil horas da competição. Ainda que o impacto da TV
americana seja superior por conta do alcance da TV fechada nos EUA, os
números da Globo impressionam.
No caminho para a
Rio-2016, a emissora brasileira se posicionou de forma impositiva. Em
janeiro de 2015, virou patrocinadora das Olimpíadas no setor de mídia,
ocupando uma cota que nunca havia sido vendida antes pelo COI. Também
por isso, foi a primeira emissora que conseguiu dividir a tomada de
decisões estratégicas sobre os Jogos com a NBC.
Um
dos resultados desse crescimento político foi a autorização para
construir um estúdio de 500 m² e três andares no meio do Parque
Olímpico. Diante das câmeras, Galvão Bueno e companhia vão interagir com
um time de comentaristas de peso e imagens holográficas de estrelas dos
Jogos, outra prova do tamanho do investimento.
O
cenário é bem distinto daquele vivido há quatro anos. Em Londres, a
Record não quis a sublicenciar os direitos de transmissão para a Globo e
exibiu a Olimpíada com exclusividade na TV aberta. Com poucos minutos
de imagens disponíveis e sem acesso às áreas de competição, a emissora
carioca se equilibrou para desviar a atenção do evento.