MINISTÉRIO RECONHECE OCORRÊNCIA DE PRAGA QUE AFETA A UVA NO RN; ENTENDA
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reconheceu oficialmente a presença da praga quarentenária Xanthomonas campestris pv. viticola no Rio Grande do Norte. A medida consta na portaria (nº 1.443), publicada no Diário Oficial da União, e inclui o Estado na lista de unidades da federação com ocorrência da bactéria que atinge plantações de videira.
A confirmação acende um alerta no Estado, que começou a cultivar a cultura da uva recentemente, nos últimos três anos. Para evitar prejuízos, o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Guilherme Saldanha, afirma que o Governo do Estado discute com o Ministério da Agricultura as medidas a adotar.
“Estamos nos reunindo para saber qual a melhor decisão a se tomar. Tanto pode ser a erradicação dessas lavouras, como pode ser também solicitar ao Ministério a mudança do status sanitário do Rio Grande do Norte, como ocorre, por exemplo, em Pernambuco e Bahia, que têm a ocorrência da doença, mesmo assim eles são os maiores produtores, exportadores de frutas”.
Ainda de acordo com Saldanha, o aparecimento da doença está relacionado ao avanço recente do cultivo de uvas no território potiguar. Ele explica que o Rio Grande do Norte não tinha tradição na produção da fruta e, por isso, o monitoramento da praga não fazia parte da rotina do setor.
“O Rio Grande do Norte não era um produtor de uva. Consequentemente não se pesquisava com certa regularidade essa doença. E ao longo dos últimos três, quatro anos tem aparecido empresas investindo nesse segmento, inclusive produzindo vinho e o Idiarn fez um trabalho sobre a ocorrência de Xanthomonas aqui, porque não tinha esse conhecimento. Para nossa surpresa, apareceu a doença”, detalha.
A preocupação no momento é evitar prejuízos, reforça o secretário. “É uma coisa que a gente precisa avaliar para não causar um prejuízo agora, ou um prejuízo maior no futuro, porque tem uma empresa que está investindo pesado nisso aqui no Rio Grande do Norte”, diz.
A praga, segundo o titular da Sape, não altera o aspecto da fruta, mas pode comprometer o desenvolvimento das plantas. “Ela pode matar a planta. É uma ocorrência de uma doença que, perante o Ministério, tem um controle mais efetivo. E como o RN não tinha presença comercial tão forte de uva, essa praga não era importante para nós”, completa.
Entenda o que é a praga
A praga Xanthomonas campestris pv. viticola, conhecida como Cancro-Bacteriano da videira, é uma doença de origem bacteriana que atinge as plantas de uva e está entre as mais preocupantes para a viticultura brasileira. Ela provoca lesões que comprometem folhas, ramos e frutos, podendo levar à morte da planta quando não controlada.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os primeiros sintomas aparecem nas folhas, sob a forma de pequenos pontos escuros de 1 a 2 milímetros de diâmetro, com ou sem halo amarelado ao redor. Essas manchas podem se unir e causar a necrose de grandes áreas do tecido foliar.
Nos ramos, nervuras e cachos, surgem manchas escuras e alongadas que evoluem para fissuras de coloração negra — os chamados cancros. As bagas (frutos) tornam-se irregulares em tamanho e cor, podendo apresentar áreas necróticas.
O monitoramento constante é essencial durante todo o crescimento da planta. A identificação precoce de focos permite adotar medidas de contenção e impedir que a doença se espalhe. Entre as principais ações de controle estão o uso de mudas sadias, a eliminação de ramos infectados e a desinfecção das ferramentas após o uso em plantas doentes.
Por se tratar de uma praga quarentenária A2, o Cancro-Bacteriano tem circulação restrita no País. Ele é tradicionalmente registrado nas regiões de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), polos produtores do Vale do São Francisco. O transporte de material vegetativo dessas áreas para outras partes do Brasil é proibido, justamente para evitar a disseminação da doença.
A confirmação acende um alerta no Estado, que começou a cultivar a cultura da uva recentemente, nos últimos três anos. Para evitar prejuízos, o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Guilherme Saldanha, afirma que o Governo do Estado discute com o Ministério da Agricultura as medidas a adotar.
“Estamos nos reunindo para saber qual a melhor decisão a se tomar. Tanto pode ser a erradicação dessas lavouras, como pode ser também solicitar ao Ministério a mudança do status sanitário do Rio Grande do Norte, como ocorre, por exemplo, em Pernambuco e Bahia, que têm a ocorrência da doença, mesmo assim eles são os maiores produtores, exportadores de frutas”.
Ainda de acordo com Saldanha, o aparecimento da doença está relacionado ao avanço recente do cultivo de uvas no território potiguar. Ele explica que o Rio Grande do Norte não tinha tradição na produção da fruta e, por isso, o monitoramento da praga não fazia parte da rotina do setor.
“O Rio Grande do Norte não era um produtor de uva. Consequentemente não se pesquisava com certa regularidade essa doença. E ao longo dos últimos três, quatro anos tem aparecido empresas investindo nesse segmento, inclusive produzindo vinho e o Idiarn fez um trabalho sobre a ocorrência de Xanthomonas aqui, porque não tinha esse conhecimento. Para nossa surpresa, apareceu a doença”, detalha.
A preocupação no momento é evitar prejuízos, reforça o secretário. “É uma coisa que a gente precisa avaliar para não causar um prejuízo agora, ou um prejuízo maior no futuro, porque tem uma empresa que está investindo pesado nisso aqui no Rio Grande do Norte”, diz.
A praga, segundo o titular da Sape, não altera o aspecto da fruta, mas pode comprometer o desenvolvimento das plantas. “Ela pode matar a planta. É uma ocorrência de uma doença que, perante o Ministério, tem um controle mais efetivo. E como o RN não tinha presença comercial tão forte de uva, essa praga não era importante para nós”, completa.
Entenda o que é a praga
A praga Xanthomonas campestris pv. viticola, conhecida como Cancro-Bacteriano da videira, é uma doença de origem bacteriana que atinge as plantas de uva e está entre as mais preocupantes para a viticultura brasileira. Ela provoca lesões que comprometem folhas, ramos e frutos, podendo levar à morte da planta quando não controlada.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os primeiros sintomas aparecem nas folhas, sob a forma de pequenos pontos escuros de 1 a 2 milímetros de diâmetro, com ou sem halo amarelado ao redor. Essas manchas podem se unir e causar a necrose de grandes áreas do tecido foliar.
Nos ramos, nervuras e cachos, surgem manchas escuras e alongadas que evoluem para fissuras de coloração negra — os chamados cancros. As bagas (frutos) tornam-se irregulares em tamanho e cor, podendo apresentar áreas necróticas.
O monitoramento constante é essencial durante todo o crescimento da planta. A identificação precoce de focos permite adotar medidas de contenção e impedir que a doença se espalhe. Entre as principais ações de controle estão o uso de mudas sadias, a eliminação de ramos infectados e a desinfecção das ferramentas após o uso em plantas doentes.
Por se tratar de uma praga quarentenária A2, o Cancro-Bacteriano tem circulação restrita no País. Ele é tradicionalmente registrado nas regiões de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), polos produtores do Vale do São Francisco. O transporte de material vegetativo dessas áreas para outras partes do Brasil é proibido, justamente para evitar a disseminação da doença.
