FESTA MILIONÁRIA EM CIDADE ENDIVIDADA: A CONTRADIÇÃO NAS PRIORIDADES EM PENDÊNCIAS
Sim. Na cidade onde 100 casas populares iniciadas na gestão anterior seguem no abandono, e onde concursados ouvem mais “não” que sanfoneiro ouve “toca Raul”, a gestão resolveu investir. Mas não em saúde, educação ou infraestrutura. Foi em palco, luz e som. Afinal, prioridade é prioridade.
A gestão que diz não ter verba para convocar aprovados no concurso, conseguiu desembolsar:
• Mara Pavanelly – R$ 200 mil
• Grafith – R$ 150 mil
• Giannini – R$ 80 mil
• Forró dos 3 – R$ 70 mil
• Raynel Guedes – R$ 80 mil
• Circuito Musical – R$ 100 mil
• Julian Monte e Bruno Martins – R$ 40 mil cada
• Deusa do Forró e Zé Lezin – R$ 25 mil cada
• Padre Nunes – R$ 17 mil
Com artistas locais e chamadas públicas: +R$ 60 mil.
Fogos: R$ 42.988
Adereços juninos: R$ 34.231,50
Trio elétrico (15 em Ponto): R$ 74.990
Som, palco e iluminação? R$ 1.070.878. Segundo o edital, o valor também cobre festas de fim de ano. Ainda assim, é alto para uma cidade endividada.
Tudo isso sem apoio do Ministério da Cultura, sem patrocínio privado, sem emendas parlamentares. Enquanto cidades maiores buscam parceiros como PicPay ou Sport da Sorte, Pendências paga tudo sozinha. Ou melhor, o povo paga.
É como aquele vizinho que deve a todo mundo, mas vive fazendo festa. A diferença? Ele paga com o próprio dinheiro. A Prefeitura, com o nosso.
As festas passaram. As dívidas não. E continuam crescendo.
Redação Rádio Vale