AMÉRICA ENTRA NA JUSTIÇA, PEDE AFASTAMENTO DA HIPE E DENUNCIA: “MAIOR ESCÂNDALO DE SAF NO PAÍS”
O América Futebol Clube protocolou uma ação bombástica na Vara Cível de Natal pedindo o afastamento imediato de todos os dirigentes ligados ao Grupo Hipe da administração da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). No documento, o clube pede tutela de urgência e acusa os atuais gestores de protagonizarem “um dos, senão o maior escândalo financeiro de uma constituição de SAF no Brasil”.
Segundo a ação, a ex-diretoria comandada por José Ivanaldo de Souza repassou a condução do futebol ao Grupo Hipe — por meio das empresas Hipe Participações, Hipe Capital e do empresário Pedro Weber — meses antes da formalização da SAF, ocorrida apenas em setembro de 2023. Nesse intervalo, os investidores teriam assumido, sem respaldo contábil ou autorização do Conselho Deliberativo, todas as decisões estratégicas e financeiras do departamento de futebol.
MOVIMENTAÇÕES SOB SUSPEITA
Entre abril e setembro de 2023, quase R$ 1 milhão teria sido movimentado diretamente entre contas de empresas ligadas à Hipe e o América, sem notas fiscais, contratos de mútuo ou recibos. Há registros de transferências pessoais feitas por Pedro Weber, atual CEO da SAF, e aportes de empresas do grupo. O clube afirma que se tratava de uma “sociedade de fato” disfarçada, com os réus agindo como “donos do América”.
A consequência imediata foi o salto na folha salarial, que passou de R$ 392 mil para R$ 703 mil mensais em média. Ao mesmo tempo, contratações e rescisões teriam gerado mais de R$ 500 mil em multas, além de ações trabalhistas que já somam potenciais R$ 3,5 milhões em prejuízos.
O episódio mais grave, segundo o clube, envolve a avaliação financeira do América às vésperas da assembleia que autorizou a venda da SAF. O analista da XP Investimentos, Luiz Eduardo Peiter, inicialmente avaliou o valor do futebol do América em até R$ 42,8 milhões. Uma semana depois, reduziu abruptamente o valuation para R$ 17,6 milhões — justamente no dia anterior à votação.
O que parecia incompetência técnica revelou-se, segundo a ação, conflito de interesse: Peiter seria acionista da Hipe Participações, fato que teria contaminado toda a negociação. O América sustenta que essa manobra permitiu ao grupo assumir 80% da SAF a um valor muito inferior ao real.

PEDIDOS NA JUSTIÇA
O clube pede:
• afastamento imediato dos dirigentes ligados à Hipe da administração da SAF;
• suspensão dos direitos políticos da Hipe como acionista majoritária;
• quebra de sigilo bancário de todos os réus;
• reconhecimento judicial de que houve uma sociedade de fato entre abril e setembro de 2023, responsabilizando os envolvidos pelos prejuízos.
Para os advogados do América, a permanência do grupo na gestão representa risco de “dano irreparável” ao patrimônio do clube. No documento, o “Caso Peiter” é tratado como “um escândalo que dilacerou a fidúcia entre as partes e expôs a inidoneidade dos atuais dirigentes”, atingindo inclusive a credibilidade da XP Investimentos.
A ação pede que a SAF seja provisoriamente administrada pelos representantes da associação, minoritária no capital, até julgamento final. Na prática, se acatada, a decisão retiraria o Grupo Hipe do controle do América.
Com informações de Blog do Bolinha, Portal da 96 FM
Segundo a ação, a ex-diretoria comandada por José Ivanaldo de Souza repassou a condução do futebol ao Grupo Hipe — por meio das empresas Hipe Participações, Hipe Capital e do empresário Pedro Weber — meses antes da formalização da SAF, ocorrida apenas em setembro de 2023. Nesse intervalo, os investidores teriam assumido, sem respaldo contábil ou autorização do Conselho Deliberativo, todas as decisões estratégicas e financeiras do departamento de futebol.
MOVIMENTAÇÕES SOB SUSPEITA
Entre abril e setembro de 2023, quase R$ 1 milhão teria sido movimentado diretamente entre contas de empresas ligadas à Hipe e o América, sem notas fiscais, contratos de mútuo ou recibos. Há registros de transferências pessoais feitas por Pedro Weber, atual CEO da SAF, e aportes de empresas do grupo. O clube afirma que se tratava de uma “sociedade de fato” disfarçada, com os réus agindo como “donos do América”.
A consequência imediata foi o salto na folha salarial, que passou de R$ 392 mil para R$ 703 mil mensais em média. Ao mesmo tempo, contratações e rescisões teriam gerado mais de R$ 500 mil em multas, além de ações trabalhistas que já somam potenciais R$ 3,5 milhões em prejuízos.
O episódio mais grave, segundo o clube, envolve a avaliação financeira do América às vésperas da assembleia que autorizou a venda da SAF. O analista da XP Investimentos, Luiz Eduardo Peiter, inicialmente avaliou o valor do futebol do América em até R$ 42,8 milhões. Uma semana depois, reduziu abruptamente o valuation para R$ 17,6 milhões — justamente no dia anterior à votação.
O que parecia incompetência técnica revelou-se, segundo a ação, conflito de interesse: Peiter seria acionista da Hipe Participações, fato que teria contaminado toda a negociação. O América sustenta que essa manobra permitiu ao grupo assumir 80% da SAF a um valor muito inferior ao real.

PEDIDOS NA JUSTIÇA
O clube pede:
• afastamento imediato dos dirigentes ligados à Hipe da administração da SAF;
• suspensão dos direitos políticos da Hipe como acionista majoritária;
• quebra de sigilo bancário de todos os réus;
• reconhecimento judicial de que houve uma sociedade de fato entre abril e setembro de 2023, responsabilizando os envolvidos pelos prejuízos.
Para os advogados do América, a permanência do grupo na gestão representa risco de “dano irreparável” ao patrimônio do clube. No documento, o “Caso Peiter” é tratado como “um escândalo que dilacerou a fidúcia entre as partes e expôs a inidoneidade dos atuais dirigentes”, atingindo inclusive a credibilidade da XP Investimentos.
A ação pede que a SAF seja provisoriamente administrada pelos representantes da associação, minoritária no capital, até julgamento final. Na prática, se acatada, a decisão retiraria o Grupo Hipe do controle do América.
Com informações de Blog do Bolinha, Portal da 96 FM