MACAU MAIS VEZ É DESTAQUE NA MÍDIA DO ESTADO CARNAVAL DE MACAU TEM NOVOS INDÍCIOS DE SUPERFATURAMENTO EM CONTRATOS DE SHOWS
Em julho, a banda "A Rapaziada" fez show na cidade por R$ 8 mil; No Carnaval, o cachê pulou para R$ 20 mil. A Prefeitura bancou tudo
O Carnaval muda, os gestores mudam, mas
parece que a essência do carnaval de Macau, ou seja, os valores
duvidosos no pagamento de cachê às atrações musicais, continuam. Para a
folia de 2014, por exemplo, há indícios de superfaturamento que chegam a
100%, ou seja, a Prefeitura de Macau pagou o dobro que algumas bandas
costumam receber para tocar em outras cidades.
A informação está no blog Transparência
Macau. No ano passado, o prefeito Kerginaldo Pinto, do PMDB, gastou R$ 1
milhão no aluguel de três trios elétricos. O valor foi questionado em
muitos veículos de comunicação. Contudo, parece não ter causado qualquer
constrangimento ao gestor municipal: neste ano, ele pagou R$ 800 mil
por dois trios.
O blog continuou sua análise sobre os
indícios de superfaturamento falando sobre as informações divulgadas
pelo Diário Oficial, onde haveria disparidade de valor. A banda
“Desembestados do Brasil” se apresentou dia 1º de março, à noite, em
Macau pelo valor de R$ 30 mil e realizou “dois” shows em Pirangi do
Norte por pouco mais de R$ 18 mil.
Outra atração musical, a banda “A
Rapaziada”, tocou no período do carnavalesco deste ano em Macau por R$
20 mil. Para contrariar esse valor, a mesma banda realizou um show
coincidentemente para própria prefeitura de Macau, no mês de julho, por
apenas R$ 8 mil.
Há também o caso da banda “Dan Ventura e
os meninos” custou a Prefeitura de Macau, neste carnaval, R$ 59 mil. No
mesmo dia que tocou na cidade, se apresentou em Apodi, a 210
quilômetros, por pouco mais de R$ 30 mil.
A banda “Farra de Rico” recebeu um cachê
da prefeitura de Macau em um show no dia 1º de março um valor de R$ 60
mil, mas seis meses antes tocou na cidade de Nísia Floresta por pouco
mais de R$ 20 mil.
O contrato da banda “Forró da Pegação”
foi onde se viu a diferença mais assustadora. A banda recebeu um cachê
de Macau de R$ 100 mil e no mês de agosto na também cidade de Nísia
Floresta recebeu somente R$ 35 mil.
HISTÓRICO
É importante lembrar que essa não foi a
primeira vez que o carnaval de Macau se envolveu em polêmica pelos
valores pagos em cachês de bandas. O município já foi alvo de diversas
matérias d’O Jornal de Hoje e no ano passado, até, foi alvo de uma
operação do Ministério Público do RN, intitulada de “Máscara Negra”, que
apurou indícios de superfaturamento no pagamento de cachês, em festas
realizadas na gestão do ex-prefeito Flávio Veras, atual secretário do
gabinete de Kerginaldo Pinto.
Fonte: Jornal de Hoje