ISTOÉ/SENSUS: BOLSONARO LIDERA COM 30,6%, HADDAD TEM 24,5%, CIRO, 7,7% E ALCKMIN, 5,6%



No dia 7 de outubro, as urnas eletrônicas serão o retrato de como a sociedade brasileira avalia os últimos 16 anos do País. Na hora de fazer esse tira-teima, os brasileiros resolveram transformar a disputa em um plebiscito entre os dois extremos. É o que mostra claramente a pesquisa Sensus que ISTOÉ publica com exclusividade nesta edição. “A polarização entre PSDB e PT repetida nas últimas eleições do país deu lugar a uma polarização PT versus anti-PT. Os eleitores dividem-se entre os que apoiam essa era e os que não apoiam”, analisa o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes. “O eleitor vota pragmaticamente, com a prevalência das preocupações e demandas por bens e serviços sociais em contrapartida às variáveis de cunho ético. Há uma oposição do projeto liberal e das políticas sociais, como se fossem excludentes”, observa.
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De acordo com o levantamento, Jair Bolsonaro, do PSL, lidera as intenções de voto com 30,6% no quadro estimulado (quando os nomes dos candidatos são apresentados ao eleitor). Fernando Haddad, do PT, tem 24,5%. Ciro Gomes, do PDT, 7,7%. Geraldo Alckmin, do PSDB, 5,6%. Marina Silva, da Rede, que durante bom tempo figurou em segundo nas pesquisas, no levantamento ISTOÉ/Sensus aparece apenas com 2,7%, seguida de João Amoedo, do Novo (1,9%); Alvaro Dias, do Podemos (1,7%) e Henrique Meirelles, do MDB (1,6%). Ou seja, a eleição polarizou de fato entre Bolsonaro e Haddad. Somente uma reviravolta improvável será capaz de tirar os dois do segundo turno. “O quadro do primeiro turno está definido”, afirma Guedes. “O que acontecerá no segundo turno dependerá agora do desempenho de cada candidato, seus partidos, seus programas e militantes no segundo turno”.



Nas simulações de segundo turno, permanece quadro de divisão do País, com empate entre os candidatos. De acordo com a pesquisa ISTOÉ/ Sensus, Bolsonaro teria 37,2% das intenções de voto no segundo turno, contra 36,3% de Fernando Haddad. Nas simulações contra os demais candidatos, os percentuais aumentam, reforçando a ideia de que o embate se dá mesmo entre os dois. Bolsonaro teria 35,1% contra 33,5% de Ciro Gomes.

 Contra Alckmin, seria 38% versus 26,4%, em favor de Bolsonaro. Na disputa contra Marina, 37,4% a 26,5%, também pró-candidato do PSL. Já Haddad venceria Ciro por 29,8% contra 25,6% e prevaleceria também sobre Alckmin (35,1% a 22,3%). Contra Marina, Haddad teria 37,3% e ela 17,5%.