A DESLAVADA FRAUDE NO FIES NO CURSO DE MEDICINA DA UNP


Vamos todos combater a corrupção… dos outros.

A minha corrupção, não!

Se olhar bem direitinho, não escapa um brasileiro afeito ao jeitinho. Mas só posso falar sobre o que detenho conhecimento.

Caso dos financiamentos estudantis do curso de medicina da UnP.

Desde o ano passado, uma série de indícios de fraude começou a ser catalogada.

Agora viraram investigação no Ministério Público Federal. O caso está sendo conduzido pela procuradora Clarisier Azevedo.

Procurado pelo blog para comentar o assunto, o órgão afirmou que não iria se manifestar porque a investigação corre sob sigilo.

Mas o que, afinal, está acontecendo?

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) foi criado para proporcionar acesso à universidade privada para aqueles que não podem pagar.

O programa basicamente permite que o estudante tenha acesso à universidade enquanto o governo financia seus estudos. Depois de formado, ele paga a dívida com o governo.

Pelas regras atuais, tem direito ao FIES alunos cuja renda familiar bruta mensal seja de até cinco salários mínimos.

Para burlar a lei, alunos têm fraudado documentos, omitindo renda e falseando papéis sobre a filiação, informando serem filhos de pessoas que têm renda, de fato, menor.

Esses detalhes especificamente constam de um documento preliminar do Ministério Público Federal que orienta a instauração da investigação.

O mesmo documento ainda revela que pessoas que tem condições de pagar a mensalidade do curso de medicina da UnP são servidores públicos. O documento cita especificamente pessoas que integram o quadro de servidores da Assembleia Legislativa.

Atualmente, a mensalidade do curso de medicina da UnP, uma das mais prestigiadas universidades privadas do País, é de R$ 7,1 mil.

Procurada para comentar o assunto, a universidade afirmou que “não tem ingerência sobre o Fies e nem sobre a sua operação”.

Também dise que “Todo o processo é conduzido pelo governo federal por meio do Ministério da Educação (MEC), do sistema SisFies e, também, pelo agente bancário contratado pelo estudante”.

A UnP ainda reforçou seu compromisso com a transparência e disse estar à disposição do Ministério Público para auxiliar em qualquer informação necessária.

O Ministério da Educação ainda não se manifestou.