CANDIDATA PELO PSL FEZ DEPÓSITOS E SAQUES SUCESSIVOS EM CONTA DE CAMPANHA
Com
1,5 milhão de votos, Carmen Flores concorreu como a “candidata de
Bolsonaro”. Ela presidia o PSL no Rio Grande do Sul, mas deixou a sigla no
final do ano passado após desavenças internas. Ela deve se filiar ao DEM.
“Já saí desse partido justamente por causa das coisas que estão
fazendo”, disse Flores à reportagem. Sobre a movimentação atípica, ela
manifestou-se por meio do seu advogado.
Conforme Lucas Ceccacci, as contas da candidata ainda não
foram julgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS). “Aguardamos a análise
técnica do Tribunal para manifestação. Toda movimentação [financeira] foi
registrada e possui origem. A legislação eleitoral permite a arrecadação após o
período eleitoral, até a prestação de contas”, explicou o advogado.
Procurado, o TRE-RS afirmou que ainda não há data para
julgamento das contas de Flores. O prazo para os candidatos que não foram
eleitos é 31 de dezembro de 2019. De acordo com o órgão, candidatos que não
tenham as contas abertas podem ser investigados judicialmente.
Flores arrecadou R$ 335,6 mil. Além do fundo partidário (R$
200 mil), ela foi a segunda maior doadora da própria campanha, com R$ 59,6 mil.
Os depósitos em espécie somaram R$ 75,6 mil. A diferença
entre o total depositado pela candidata (R$ 59,6 mil) e a soma dos depósitos em
espécie (R$ 75,6 mil) durante os três dias é resultado de outros dezesseis
depósitos feitos por uma terceira pessoa (sessenta pela candidata e dezesseis
por um terceiro).