O INCÔMODO DE CARLOS BOLSONARO COM AS CRÍTICAS AO DESCASO DO PAI DIANTE DE TRAGÉDIAS


Vereador pelo Republicanos do Rio de Janeiro,
Carlos Bolsonaro manifestou certo incômodo em relação às críticas de políticos e internautas sobre o descaso do seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diante de tragédias humanitárias.

Em seu perfil no Twitter, o ‘filho 02’ do ex-capitão o defendeu da “imprensa comprada e faminta” e disse que seu pai “sempre esteve presente em todas as tragédias como mostram N (sic) vídeos em suas redes sociais”.

Alegou, ainda, que Bolsonaro enviou recursos a estados e municípios “quando ocorriam lamentáveis fatos”.

O comportamento de Bolsonaro perante grandes tragédias, vale dizer, contrasta com a versão apresentada por Carlos.


A indiferença de Bolsonaro também foi criticada durante a pandemia de covid-19. Quando o País atingiu a marca de 5.017 mortes pela doença, o ex-presidente perguntou a um repórter, no cercadinho do Palácio da Alvorada, sobre o que quer que ele faça em relação aos óbitos. “E daí, quer que eu faça o que?”, disse.

Antes disso, o então presidente havia se negado a responder um questionamento sobre os óbitos durante a pandemia alegando “não sou coveiro”.

No exercício da presidência, Bolsonaro ainda usou tragédias para demarcar divergências políticas. Durante uma visita a Pernambuco, em meio ao temporal que deixou ao menos 79 mortes, o então mandatário chegou a criticar e culpar o governador do estado pelo que chamou de “falta de iniciativa em falar com o governo”.

O descaso do ex-capitão voltou a ser pauta com as fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo neste final de semana. As tempestades deixaram ao menos 44 mortos e mais de 2,5 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.

Após as primeiras notícias do desastre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) interrompeu suas férias de carnaval no litoral baiano para se deslocar até São Sebastião, município mais atingido pelos temporais.

Em São Paulo, Lula ainda se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), pregou união e diálogo entre as autoridades para reconstruir as cidades e prestar assistência às famílias. “O povo é muito mais importante que qualquer divergência política”, destacou o petista.