POLÍCIA INTIMA 370 PESSOAS POR USO DE CELULARES ROUBADOS


A Polícia Civil do Rio Grande do Norte está intimando, nesta segunda-feira (16), cerca de 370 pessoas identificadas como possuidoras de celulares com origem ilícita, fruto de roubo ou furto na Grande Natal. A ação faz parte de um trabalho em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).


O contato está sendo realizado por meio de conta oficial no WhatsApp, pelo número (+55 800 729 4593). As pessoas intimadas devem comparecer nos dias 18 e 19 de dezembro à sede da Delegacia Geral da Polícia Civil (DEGEPOL), localizada na Av. Interventor Mário Câmara, 3532 – Cidade da Esperança, Natal – RN, para prestar esclarecimentos e, se necessário, realizar a devolução dos aparelhos aos legítimos proprietários, em conformidade com a legislação. Após os esclarecimentos, será avaliada, caso a caso, a intenção do possuidor.

A Polícia Civil informou, em nota, que o não comparecimento do intimado levará à adoção de medidas legais, incluindo busca e apreensão e responsabilização criminal do infrator, conforme o caso.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024 apontou que, das cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, Natal é a 11ª com o maior registro de celulares roubados e furtados. O estudo mostra que a capital potiguar apresentou uma taxa de 1.265,5 roubos e furtos de celular para cada 100 mil habitantes. Quem lidera o ranking é Manaus/AM, com taxa de 2.096,3. Os dados são referentes ao ano de 2023.

O Rio Grande do Norte ainda tem outras duas cidades no Top 50. Parnamirim aparece na 16ª posição, com taxa de 1.134,1 aparelhos subtraídos a cada 100 mil habitantes. A outra cidade potiguar é Mossoró, na 47ª posição, com taxa de 769,2.

A lista apresenta cidades de 19 Unidades da Federação. O estado com mais cidades entre as maiores taxas de roubo e furto de celulares do país foi São Paulo, com 15 municípios no ranking das 50.

Em relação ao Estado como um todo, os dados são diferentes. O Rio Grande do Norte registrou uma crescente nos furtos de celulares no ano passado. O Estado teve um aumento de 4,7%, passando de 6.720 em 2022 para 7.038 em 2023. Já em relação aos roubos de aparelhos celulares houve redução de 8,6%, caindo de 11.656 para 10.648, no mesmo recorte de tempo. Somados os dois crimes, o Estado contabilizou 17.686 roubos e furtos em 2022, o que representa uma queda de 3,8% em comparação a 2021.

Apesar dos dados revelarem uma melhora tímida nos índices, os crimes ainda são uma preocupação constante, uma vez que, nos dias atuais, com aparelhos cada vez mais modernos, é comum que arquivos e documentos pessoais estejam concentrados no celular. Portanto, a perda vai além do valor financeiro do aparelho, que funciona como um baú de informações pessoais, com dados de contatos, mensagens, fotos, e-mails e até mesmo senhas de acesso a aplicativos e contas bancárias. A exposição dessas informações pode abrir as portas para uma série de golpes financeiros.

Apesar de serem confundidos, roubo e furto são coisas distintas. O roubo envolve o uso de ameaça, violência ou coerção. O furto consiste na apropriação de propriedade alheia sem o uso de força direta ou ameaça imediata.