RESERVATÓRIOS INICIAM 2025 COM MAIS VOLUME DO QUE NO ANO PASSADO
O volume médio dos reservatórios do Rio Grande do Norte atingiu 60,48% neste início de ano, na quarta-feira (20), um índice superior ao registrado na mesma data em 2024, quando o percentual era de 48,34%. Os dados do Boletim Hidrometeorológico apontam uma situação mais confortável para o abastecimento hídrico do Estado, impulsionada pelas chuvas recentes no interior e pela expectativa de um inverno “acima ou dentro da normalidade”. Apesar do cenário positivo, a gestão da água requer atenção constante no semiárido potiguar.
Para o titular da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Paulo Varella, o início do ano com 60% de volume armazenado é um indicativo positivo. “É um indicativo de que nós estamos iniciando o ano melhor que o ano passado. Então, é uma situação boa. Nós estamos, no princípio da quadra chuvosa com 60%. Houve épocas em que a gente iniciou, naqueles anos de seca, praticamente, a gente ia lá pra baixo. Então, estamos, sim, numa situação confortável. Se somarmos isso à previsão de termos um inverno além da normalidade, as expectativas são muito boas”, afirma.
O maior reservatório do Estado, o Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, localizado no município de Assú, registrou um volume de 65,31% da capacidade total. No mesmo período do ano passado, o manancial estava com 51,86%, o que representa um aumento significativo. Outro reservatório fundamental para a segurança hídrica do Rio Grande do Norte, o Santa Cruz do Apodi, também apresentou crescimento expressivo, passando de 57,46% em 2024 para 69,58% neste ano.
Outro destaque é o Poço Branco, que teve a maior recuperação entre os grandes reservatórios do RN. O volume armazenado saltou de 25,55% em fevereiro do ano passado para 79,34% neste início de 2025. De acordo com os boletins, esse aumento é reflexo da boa distribuição pluviométrica ao longo dos últimos meses. Da mesma forma, o Gargalheiras, em Acari, saiu de um cenário crítico em fevereiro de 2024, com apenas 1,37% da capacidade, para um volume atual de 74,25%, com um transbordo histórico após 13 anos de estiagem nesse meio tempo.
Apesar do crescimento médio dos volumes armazenados, alguns reservatórios seguem em situação crítica. O Itans, em Caicó, está com apenas 0,70% da capacidade, o que representa uma recuperação mínima em relação a 2024, quando estava totalmente seco. Já o Passagem das Traíras, em São José do Seridó, também segue praticamente seco, com apenas 0,08% do volume total, pouco acima do volume morto no ano anterior. Para Varella, essas situações são lembretes de que devemos sempre prezar pelo consumo consciente e responsável do bem natural.
Mesmo com o cenário confortável, o gestor destaca que a população não deve relaxar. “Isso não quer dizer que a gente pode sair por aí gastando água, nós estamos no semiárido e, apesar das expectativas boas, nós temos que ter a certeza de que o inverno realmente vai se realizar, com boas chuvas. Então, sempre deixo de alerta para usar a água de forma responsável. Aqui nós temos uma variabilidade temporal muito grande, temos um ano bom agora e não sabemos como vai ser no próximo. A hora da gente usar bem a água é quando a gente tem ela, para que na hora que a gente precisar dela, passar por uma situação de não tê-la”, explica.
Oiticica
A inauguração da Barragem de Oiticica, um dos projetos hídricos mais importantes do Rio Grande do Norte, está prevista para o dia 19 de março. De acordo com o titular da Semarh, Paulo Varella, o barramento já está concluído, mas devido à complexidade da obra, que se transformou em um Complexo Hidrosocial, incluindo vilas e outras estruturas que ainda estão sendo finalizadas. Iniciada em 2013, a primeira projeção de conclusão era para 2015.
A ideia do Governo do Estado é inaugurar o equipamento com a presença do presidente Lula. “A expectativa é para inauguração no dia 19 de março. O barramento está concluído, mas lá transformou-se num Complexo Hidrosocial, onde a gente tem outros elementos que estão sendo terminados, as novas vilas, enfim. A expectativa é que no dia 19 a gente possa fazer a inauguração da barragem. Está programada a vinda do presidente Lula, vamos esperar que ele possa efetivamente vir. E todos nós fazermos uma festa porque isso não é um equipamento qualquer, é uma grande vitória do povo do Rio Grande do Norte e de todos nós”, afirma Varella.
Chuvas dentro do normal até maio
O prognóstico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) prevê que o Rio Grande do Norte terá chuvas mínimas nos meses de fevereiro (92,9 mm), março (159,7), abril (164,8) e maio (108,7). A região Oeste apresenta a maior previsão pluviométrica do período: fevereiro (116,5), março (197,5) abril (180,2) maio (101,4). Na região Central a previsão será: fevereiro (93,2), março (155,1), abril (150,2) e maio (71,5). Agreste: fevereiro (69,6) março (119,2), abril (133,0) e maio (91,0).
De acordo com Gilmar Bristot, meteorologista da Emparn, o estabelecimento do fenômeno La Niña, de intensidade moderada no Oceano Pacífico, favorecerá as condições de chuvas para o Nordeste no período de fevereiro a maio de 2025, enquanto que no Oceano Atlântico, em condição neutra na bacia do Atlântico Norte e Atlântico Sul, poderá dificultar a presença e atuação da Zona de Convergência Intertropical no período, fazendo com que as chuvas apresentem uma irregularidade temporal e espacial em sua distribuição.
Números
Para o titular da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Paulo Varella, o início do ano com 60% de volume armazenado é um indicativo positivo. “É um indicativo de que nós estamos iniciando o ano melhor que o ano passado. Então, é uma situação boa. Nós estamos, no princípio da quadra chuvosa com 60%. Houve épocas em que a gente iniciou, naqueles anos de seca, praticamente, a gente ia lá pra baixo. Então, estamos, sim, numa situação confortável. Se somarmos isso à previsão de termos um inverno além da normalidade, as expectativas são muito boas”, afirma.
O maior reservatório do Estado, o Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, localizado no município de Assú, registrou um volume de 65,31% da capacidade total. No mesmo período do ano passado, o manancial estava com 51,86%, o que representa um aumento significativo. Outro reservatório fundamental para a segurança hídrica do Rio Grande do Norte, o Santa Cruz do Apodi, também apresentou crescimento expressivo, passando de 57,46% em 2024 para 69,58% neste ano.
Outro destaque é o Poço Branco, que teve a maior recuperação entre os grandes reservatórios do RN. O volume armazenado saltou de 25,55% em fevereiro do ano passado para 79,34% neste início de 2025. De acordo com os boletins, esse aumento é reflexo da boa distribuição pluviométrica ao longo dos últimos meses. Da mesma forma, o Gargalheiras, em Acari, saiu de um cenário crítico em fevereiro de 2024, com apenas 1,37% da capacidade, para um volume atual de 74,25%, com um transbordo histórico após 13 anos de estiagem nesse meio tempo.
Apesar do crescimento médio dos volumes armazenados, alguns reservatórios seguem em situação crítica. O Itans, em Caicó, está com apenas 0,70% da capacidade, o que representa uma recuperação mínima em relação a 2024, quando estava totalmente seco. Já o Passagem das Traíras, em São José do Seridó, também segue praticamente seco, com apenas 0,08% do volume total, pouco acima do volume morto no ano anterior. Para Varella, essas situações são lembretes de que devemos sempre prezar pelo consumo consciente e responsável do bem natural.
Mesmo com o cenário confortável, o gestor destaca que a população não deve relaxar. “Isso não quer dizer que a gente pode sair por aí gastando água, nós estamos no semiárido e, apesar das expectativas boas, nós temos que ter a certeza de que o inverno realmente vai se realizar, com boas chuvas. Então, sempre deixo de alerta para usar a água de forma responsável. Aqui nós temos uma variabilidade temporal muito grande, temos um ano bom agora e não sabemos como vai ser no próximo. A hora da gente usar bem a água é quando a gente tem ela, para que na hora que a gente precisar dela, passar por uma situação de não tê-la”, explica.
Oiticica
A inauguração da Barragem de Oiticica, um dos projetos hídricos mais importantes do Rio Grande do Norte, está prevista para o dia 19 de março. De acordo com o titular da Semarh, Paulo Varella, o barramento já está concluído, mas devido à complexidade da obra, que se transformou em um Complexo Hidrosocial, incluindo vilas e outras estruturas que ainda estão sendo finalizadas. Iniciada em 2013, a primeira projeção de conclusão era para 2015.
A ideia do Governo do Estado é inaugurar o equipamento com a presença do presidente Lula. “A expectativa é para inauguração no dia 19 de março. O barramento está concluído, mas lá transformou-se num Complexo Hidrosocial, onde a gente tem outros elementos que estão sendo terminados, as novas vilas, enfim. A expectativa é que no dia 19 a gente possa fazer a inauguração da barragem. Está programada a vinda do presidente Lula, vamos esperar que ele possa efetivamente vir. E todos nós fazermos uma festa porque isso não é um equipamento qualquer, é uma grande vitória do povo do Rio Grande do Norte e de todos nós”, afirma Varella.
Chuvas dentro do normal até maio
O prognóstico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) prevê que o Rio Grande do Norte terá chuvas mínimas nos meses de fevereiro (92,9 mm), março (159,7), abril (164,8) e maio (108,7). A região Oeste apresenta a maior previsão pluviométrica do período: fevereiro (116,5), março (197,5) abril (180,2) maio (101,4). Na região Central a previsão será: fevereiro (93,2), março (155,1), abril (150,2) e maio (71,5). Agreste: fevereiro (69,6) março (119,2), abril (133,0) e maio (91,0).
De acordo com Gilmar Bristot, meteorologista da Emparn, o estabelecimento do fenômeno La Niña, de intensidade moderada no Oceano Pacífico, favorecerá as condições de chuvas para o Nordeste no período de fevereiro a maio de 2025, enquanto que no Oceano Atlântico, em condição neutra na bacia do Atlântico Norte e Atlântico Sul, poderá dificultar a presença e atuação da Zona de Convergência Intertropical no período, fazendo com que as chuvas apresentem uma irregularidade temporal e espacial em sua distribuição.
Números
Situação dos maiores reservatórios do RN
Armando Ribeiro Gonçalves (Assú): 65,31% cheio;
Santa Cruz do Apodi (Apodi): 69,58%;
Poço Branco: 79,34%;
Gargalheiras (Acari): 74,25%;
Umarí (Upanema): 76,50%;
Mendubim (Assú): 70,67%;
Trairi (Tangará) 75,83%;
Medição feita em 19 de fevereiro
Fonte: Boletim Hidrometeorológico da Semarh