BOFF, MANÚ E JANDIRA: UFRN TRANSFORMA REITORIA EM PALANQUE PARA ESQUERDA

Em menos de um mês, o auditório da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebeu em três diferentes oportunidades nomes de destaque na política e na ideologia de esquerda do país: Leonardo Boff, Jandira Feghali e Manuela D'Ávila. Tudo pago com o dinheiro público que mantém a instituição de ensino.
O primeiro foi o teólogo, escritor e professor universitário, Leonardo Boff, que esteve na UFRN no dia 13 de março como atração principal do projeto "Na Trilha da Democracia", organizado pela ADURN Sindicato (Sindicato dos Docentes da Universidade), Sindipetro-RN (Sindicato dos Petroleiros) e a Frente Brasil Popular. Boff realizou uma palestra obre "Democracia e Direitos Humanos". 
Para a imprensa, antes da palestra, Boff disse que considera a situação brasileira extremamente grave. "O atual governo não apresentou nenhum projeto de nação e tem projetos pontuais que são extremamente danosos para a grande maioria dos brasileiros", disse. O teólogo considerado um ícone da esquera, afirmou ainda que o Brasil vive sob "estado de exceção pós-democrático", no qual "atropela-se a constituição, as leis, e prende-se e condena-se sem respeitar a legalidade das coisas".
Já a deputada federal Jandira Feghalli (PCdoB) e a ex-candidata a vice-presidente Manuela D'Ávila (PCdoB), cumpriram agenda na UFRN esta semana. Jandira veio na quarta-feira (28), também dentro do projeto "Na Trilha da Democracia", "com a aposta na construção de um movimento cívico nacional para barrar a reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro (PSC)", conforme publicação no site da ADURN. A parlamentar, claro, não perdeu a oportunidade de defender os governos do PT e bater forte nos adversários.
Manuela D'Ávila esteve na UFRN no dia seguinte a Jandira, por sua vez, para lançar o seu primeiro livro: "Revolução Laura". "Revolução Laura é sobre uma mulher que aceitou o desafio de concorrer à presidência do Brasil e chegou ao segundo turno como candidata a vice-presidente sem abrir mão da maternidade. As roupas coloridas e os brinquedos de uma criança colocam à prova a monocromia do cinza dos paletós", diz a apresentação do livro. Manuela, para quem não lembra, foi candidata a vice-presidente  em 2018 na chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT).