CAMINHONEIROS ESTÃO DIVIDIDOS SOBRE GREVE
Líder dos caminhoneiros, Wallace Costa Landim, conhecido
como Chorão, afirmou ontem que o congelamento no preço do diesel por períodos
de 15 dias e o ‘cartão caminhoneiro’, anunciados pela Petrobrás, ainda não são
suficientes para evitar uma greve da categoria.
Apesar de pessoalmente não apoiar o movimento, Landim afirma
haver de 15 a 20 grupos de articulação pela paralisação no WhatsApp. Eles fogem
ao controle de lideranças sindicais com as quais o governo tem conversado.
Segundo ele, a pressão parte, principalmente, de
caminhoneiros de Minas Gerais. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande
do Norte estão entre os que já sinalizaram que não aprovam paralisação
convocada para sábado, 30.
Neste mês, Chorão se encontrou com representantes do governo
em três ocasiões. Na primeira delas, no dia 15, esteve com Onyx Lorenzoni,
ministro da Casa Civil, ao lado de técnicos da Economia, para apresentar a
pauta de reivindicação.
No que diz respeito aos combustíveis, os caminhoneiros pedem
que o preço do diesel fique congelado por pelo menos 30 dias e seja reduzido.
“A Petrobrás teve lucro exorbitante”, disse. “Não podemos pagar diesel em
dólar.” Eles também negociam mais rigor na cobrança de fretes e construção das
paradas para descanso.
Para Landim, o fato de 90% da categoria ter apoiado a
eleição de Bolsonaro merece resposta. “A Petrobrás não responde 100% nossas
reivindicações, mas demonstra que o governo busca mecanismos para nos atender”,
disse.
Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo
mostrou que o governo tem monitorado movimentações de caminhoneiros no País. O
acompanhamento é feito pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).