ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCO DE OLIVEIRA MELO APRESENTA O PROJETO DE LITERATURA DE CORDEL
Na
última quarta-feira (21), a Escola Municipal Francisco de Oliveira Melo
apresentou aos alunos do EJA, (Educação de Jovens e Adultos) o projeto
desenvolvido pelos professores com objetivo de incentivar os alunos a
leitura.
Desde
o século XIX, a literatura de cordel nordestina vem sendo usada como
fonte de lazer, educação e cultura. Foi o primeiro jornal do homem do
campo e sua cartilha de alfabetização. Vários nordestinos aprenderam a
ler através dos folhetos de cordel. Sob a luz do lampião a querosene,
as pessoas se reuniam em torno para a leitura dos grandes clássicos do
gênero, além das novidades, recém-adquiridas nas feiras populares.
Os
variados gêneros da poesia popular eram debulhados pela genialidade
dos leitores (ou ledores) e dos cantadores de folhetos, alguns
profissionais. O conteúdo das histórias, sua rima cadenciada, sua
poesia, ao mesmo tempo simples e elevada, eram um convite à
alfabetização, ao conhecimento dos rudimentos da escrita. Milhares de
pessoas tiveram no “livrinho de versos” seu primeiro e, quase sempre,
único professor.
No Nordeste, além do papel social, aproximando as pessoas, o Cordel sempre teve uma finalidade lúdica, daí a popularidade de heróis traquinos como Pedro Malazarte, Cancão de Fogo e João Grilo. As histórias de encantamento representavam uma fuga temporária da realidade quotidiana e um mergulho num mundo onde tudo era possível. Os cangaceiros encarnavam um ideal de justiça numa época em que o coronel se postava como um senhor absoluto. Com o fim do cangaço, surgiram heróis da ficção como Rufino, o Rei do Barulho, José de Souza Leão e Antônio Cobra-Choca, sempre em papéis de vingadores das injustiças de que eram vítimas os sertanejos. Lampião, Padre Cícero, Getúlio Vargas e Frei Damião foram, e continuam sendo biografados pelos poetas populares, intérpretes do inconsciente coletivo.
No Nordeste, além do papel social, aproximando as pessoas, o Cordel sempre teve uma finalidade lúdica, daí a popularidade de heróis traquinos como Pedro Malazarte, Cancão de Fogo e João Grilo. As histórias de encantamento representavam uma fuga temporária da realidade quotidiana e um mergulho num mundo onde tudo era possível. Os cangaceiros encarnavam um ideal de justiça numa época em que o coronel se postava como um senhor absoluto. Com o fim do cangaço, surgiram heróis da ficção como Rufino, o Rei do Barulho, José de Souza Leão e Antônio Cobra-Choca, sempre em papéis de vingadores das injustiças de que eram vítimas os sertanejos. Lampião, Padre Cícero, Getúlio Vargas e Frei Damião foram, e continuam sendo biografados pelos poetas populares, intérpretes do inconsciente coletivo.
Leandro
Gomes de Barros (1865-19198) é, ainda hoje, o mais lido de todos os
poetas do gênero e o principal responsável por sua difusão. O Romance do pavão misterioso,
de José Camelo de Melo Resende, é o best-seller do Cordel, com milhões
de exemplares vendidos em mais de 70 anos de edições e reimpressões
ininterruptas. Hoje, são muitos os autores que militam na lide
cordeliana, a exemplo de Klévisson Viana, Rouxinol do Rinaré, Manoel
Monteiro, Moreira de Acopiara, Marco Haurélio, Arievaldo Viana, João
Gomes de Sá, Varneci Nascimento, Evaristo Geraldo, Janduhy Dantas, José
Honório e Antônio Barreto.
Muitas são as formas de se ilustrar um folheto de cordel, mas a mais característica é a xilogravura. São famosos os poetas xilógrafos José Costa Leite, Dila, Jota Barros, J. Borges, Stênio Diniz. Atualmente, uma outra geração se destaca com nomes como: Marcelo Soares, Erivaldo, Severino Borges e Nireuda Longobardi.