GAROTINHO DEFENDE "FEDERALIZAÇÃO COMPLETA" DA SEGURANÇA PÚBLICA NO RIO



O pré-candidato do PRP ao governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, defendeu nesta segunda-feira (11) uma "federalização completa" da segurança pública do estado. Segundo ele, o atual decreto de intervenção, em vigor desde fevereiro deste ano, é uma "pirotecnia".
Durante a sabatina promovida pelo UOL, pela Folha de S.Paulo e pelo SBT, nesta segunda-feira (11), Garotinho afirmou que a União tem uma dívida histórica com o RJ desde a transferência da capital federal para Brasília, em 1960.
A "federação completa" da gestão da segurança pública seria também uma forma de "reparação". O pré-candidato não explicou, porém, de que maneira negociaria com o Congresso e com o futuro presidente da República a respeito da "federalização completa".
"Tem que colocar na Constituição que o Rio de Janeiro precisa ser reparado por isso. Essa é uma guerra ganha", declarou ele. "O Rio de Janeiro tem que ser considerado área de proteção federal."
Garotinho explicou que, de acordo com a proposta, o governo federal assumiria tanto a parte de custeio quanto o planejamento operacional. Para isso, ele defendeu que seja criado um fundo federal.
Basta uma emenda constitucional simples
Anthony Garotinho (PRP), sobre a proposta de federalização total da segurança pública fluminense
Disse ainda que as Forças Armadas deveriam continuar a ser usadas na segurança pública do Rio, mas não da forma como está ocorrendo no momento.
"O Exército tem um papel fundamental no Rio, mas não está fazendo. Como você entra em uma intervenção sem ter o planejamento? Só agora, depois de vários meses, eles estão apresentando um plano", criticou.
Questionado sobre o papel que o estado teria na segurança pública, o concorrente do PRP respondeu que caberia ao Executivo fluminense formular e gerir políticas de prevenção e de assistência social.
"Na segurança pública, enquanto insistem em resolver só com bala e com polícia, isso é um equívoco. Tem que ter prevenção."
Se eleito, Garotinho também disse que tentará transferir para a União o custeio das despesas da Justiça e do Ministério Público estaduais.