VÍTIMAS DÃO SENHA DO BANCO A GOLPISTAS EM 70% DAS FRAUDES
Diante do investimento pesado dos bancos em tecnologia para evitar fraudes —cerca de R$ 2 bilhões ao ano—, golpistas têm se especializado em driblar o ponto mais vulnerável do sistema: você.
Cerca de 70% das fraudes aplicadas contra clientes de instituições financeiras resultam do método conhecido como engenharia social, composto por técnicas de convencimento utilizadas por criminosos para induzir o consumidor a fornecer dados pessoais e senhas, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Telefonemas de falsos funcionários de bancos, sites que imitam páginas oficiais de compras online, mensagens por aplicativos como o WhatsApp ou até mesmo pessoalmente.
Independentemente da forma de contato, os fraudadores dispõem de recursos para passar a sensação de confiança para convencer o consumidor a fornecer seus dados.
“Os fraudadores entram em contato com as pessoas usando de diversos artifícios que fazem com que as vítimas acreditem que estão falando com alguém do banco”, afirma Walter Faria, diretor-adjunto de operações da Febraban.
As possibilidades de fraudes por meio da engenharia social são amplas, mas, segundo a federação, existem seis tipos de golpes mais frequentes: clonagem do WhatsApp para pedir dinheiro emprestado; retirada do cartão por um motoboy; troca do cartão ao pagar algo na maquininha de débito; repetir a operação na máquina de débito para cobrar em dobro; falso telefonema do banco para pedir dados pessoais; envio de mensagem com link para falso site de compras.
As medidas a serem adotadas pelo consumidor para não cair em truques de falsários podem ser resumidas em dois cuidados básicos.
O primeiro é não fornecer dados quando a iniciativa do contato for tomada por um terceiro. A segunda medida de segurança é redobrar a atenção sempre que for digitar a senha do cartão bancário.