APRESENTADOR DE TV, WILLIAM DETONA APOIADORES DE JAIR BOLSONARO: ‘FANÁTICOS IMBECILIZADOS’


Apresentador da CNN Brasil, William Waack detonou os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em sua coluna no jornal Estado de S.Paulo desta quinta-feira 26. “Bolsonaro acha que manda, mas não comanda nada a não ser fanáticos imbecilizados em redes sociais”, escreveu o jornalista, que também falou sobre o assunto no programa Poder, da CNN Rádio.

No texto intitulado Ninguém teme Bolsonaro, o âncora do Jornal da CNN explica as teorias da conspiração supostamente criadas pela cabeça do presidente do Brasil e ainda diz que: “Quem conversa quase que diariamente com o presidente o descreve como possuído de um quadro mental para lá de preocupante”.

“Bolsonaro está totalmente convencido de que a ‘conspiração’ contra seu mandato começou já no primeiro dia do governo”, começa o antigo âncora do Jornal da Globo.

“E é conduzida por uma difusa e ao mesmo tempo bem entrincheirada coligação de corruptos no Congresso, corporativistas na administração pública, empresários que perderam dinheiro, esquerdistas treinados em Cuba, governadores gananciosos e todos unidos em torno de alguns ministros do STF”, elenca Waack.

“Sem ter criado uma organização política capilarizada e sem ter a adesão das cadeias de comando das Forças Armadas, Bolsonaro acha que manda, mas não comanda nada a não ser fanáticos imbecilizados em redes sociais que não sabem até agora muito bem onde está o ‘Palácio de Inverno’ a ser tomado e ocupado”, debocha o ex-Globo.

“Eles são contra um monte de coisas, mas ainda aguardam uma ordem específica do ‘mito’ sobre em qual direção marchar e qual inimigo precisam aniquilar”, analisa o jornalista, fazendo referência ao apelido dado pelos apoiadores a Bolsonaro.

“Em outras palavras, Bolsonaro não dispõe de sólidos argumentos jurídicos, de amplas forças políticas, de nutridos contingentes militares, do domínio das ruas, da adesão das principais elites econômicas e é rejeitado pela maioria dos eleitores, pela quase unanimidade do mundo intelectual e cultural e visto como um estorvo passageiro pelas grandes potências. Ninguém tem medo dele como dirigente político”, conclui William Waack.