"NEM LULA E NEM BOLSONARO", DIZ DÓRIA SOBRE ELEIÇÃO DE 2022


O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), chegou à Natal nesta sexta-feira (27) para cumprir uma agenda com lideranças políticas aliadas e correligionários, visando as eleições do próximo ano. Na ocasião, ele afirmou que é uma terceira alternativa viável para o Brasil e prometeu pacificar o país, caso consiga viabilizar a candidatura e se eleger. Além disso, Dória destacou parcerias com a iniciativa privada como plataforma de governo. 

O governador respondeu que, no caso de vencer as prévias do partido, mas não conseguir vencer a eleição presidencial, não apoiará nem Lula e nem Bolsonaro num possível segundo turno, caso o cenário seja este. "Ficarei do lado do Brasil. Nem Lula e nem Bolsonaro", respondeu, durante coletiva de imprensa. Em pré-campanha, Doria espera ser escolhido pelo partido para disputar a presidência da República em 2022.

Acompanhado pelo correligionário, presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira, o governador de São Paulo chegou, na noite desta sexta-feira (27), à coletiva de imprensa que antecedeu o encontro com aliados e militância tucana visando as prévias da eleição interna do partido para escolha do candidato à presidência da República em 2022. Outras lideranças da legenda no RN, como os deputados estaduais Raimundo Fernandes e Gustavo Carvalho, também estavam com ele no início do evento.

O prefeito Álvaro Dias não compareceu ao encontro. Segundo o deputado Ezequiel, Dias teve uma compromisso com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em Brasília, de modo que houve choque de agendas. "O prefeito justificou que teve que viajar a Brasília para uma audiência com o ministro Rogério Marinho e por isso não pode vim, ja que só deve retornar na terça-feira. Se desculpou, agradeceu o convite e mandou um abraço para o governador João Dória", disse o deputado.

Em entrevista recente à TRIBUNA DO NORTE, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, declarou que, se Álvaro Dias for candidato ao Governo do RN, será uma das prioridades da sigla. Sobre isso, Dória evitou falar e disse que respeita a hierarquia da legenda e o presidente nacional da sigla, mas não opinaria.

Já em relação às políticas que poderá implantar numa possível gestão como chefe da nação, se estendeu ao apontar as principais áreas de atuação, destacando a a saúde, educação e geração de renda. "A saude será uma prioridade mais do que permanente, será uma prioridade necessária para atender as pessoas mais pobres, as pessoas mais vulneráveis. O segundo ponto é a educação que precisa ser transformadora para o país, especialmente para o Nordeste", disse, citando projetos da sua gestão em São Paulo.

Para o terceiro ponto sugeriu parcerias com a iniciativa privada. "Precisamos de política pública clara para a geração de emprego e isso se faz com capital privado. Com investimentos para infraestrutura que o setor público não tem condições de fazer mas o setor privado pode e quer fazer, em saneamamento, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Não quero trazer um discurso político para o Nordeste, mas um discurso de propostas", frisou.

Ele também destacou que pretende ser uma terceira alternativa viável para despolarizar a eleição. O governador de São Paulo citou as eleições que ele concorreu em cenário semelhante para a Prefeitura e para o Governo de São Paulo e disse que, com forte campanha, é possível despolarizar. "Se eu tiver oportunidade de vencer eu serei o agente da gestão e da pacificação porque esse país precisa de paz", declarou.

No encontro, que foi nomeado de "Bate Papo com João Dória, estiveram presentes parlamentares e prefeitos do PSDB e de legendas aliadas, que ouviram as propostas do presidenciável na disputa as prévias que ele inicia em viagens começando pelo Rio Grande do Norte.

Sobre o apoio dos correligionários do RN, preferiu não opinar. "Não opino sobre as questões estaduais, respeito as dimensões, as características e as vocações regionais, sobretudo, no campo político", disse ele. Há alguns meses surgiram notícias sobre  a possibilidade de migração de parte da bancada estadual para uma legenda de centro, para apoiar um possível candidato mais próximo de Bolsonaro ao Senado ou ao Governo